terça-feira, 27 de fevereiro de 2018
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018
Pelos olhos de Bernardo
Rogério Fernandes Lemes
Vice-Presidente da UBE-MS
Desde pequeno sentiu no coração,
que as coisas manifestas
eram mais que aparências,
meramente evidências,
do azul na imensidão.
Desde pequeno sentiu no coração,
e ao sentir-se natureza
compreendeu que sua essência,
na eterna transparência,
era só conexão.
Desde pequeno sentiu no coração,
que a beleza deste mundo
era sua própria essência,
mais que mera evidência,
de uma grande explosão.
Desde pequeno sentiu no coração,
que a poeira de uma estrela
e toda sua fluorescência,
era sua própria essência,
nesta inter-relação.
Desde pequeno sentiu no coração,
que o mesmo ser humano
contempla e destrói as evidências,
de que somos muito mais que aparências,
no infinito universo em expansão.
Vice-Presidente da UBE-MS
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Imagem: cronacadiretta.it |
Desde pequeno sentiu no coração,
que as coisas manifestas
eram mais que aparências,
meramente evidências,
do azul na imensidão.
Desde pequeno sentiu no coração,
e ao sentir-se natureza
compreendeu que sua essência,
na eterna transparência,
era só conexão.
Desde pequeno sentiu no coração,
que a beleza deste mundo
era sua própria essência,
mais que mera evidência,
de uma grande explosão.
Desde pequeno sentiu no coração,
que a poeira de uma estrela
e toda sua fluorescência,
era sua própria essência,
nesta inter-relação.
Desde pequeno sentiu no coração,
que o mesmo ser humano
contempla e destrói as evidências,
de que somos muito mais que aparências,
no infinito universo em expansão.
Membro da ADL é classificado em concurso nacional
O Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, por meio da AFIM (Associação Redentorista Filhos de Maria) realizou nesta terça-feira, 21 de novembro, o lançamento do livro “Palavras de Luz – Natureza”. A obra é resultado do VII Concurso Nacional de Poesia que reuniu os 40 melhores poemas, com autores de sete estados diferentes.
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Os finalistas do VII Concurso Nacional de Poesia |
O escritor e poeta amambaiense Rogério Fernandes Lemes ficou em 4º lugar, com o poema “A Natureza e Deus”. Atualmente Rogério Fernandes é o Vice-Presidente da União Brasileira de Escritores Seccional Mato Grosso do Sul (UBE-MS).
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Rogério Fernandes Lemes ficou em 4º colocado |
Um de seus objetivos literários é colocar Amambai em evidência no cenário nacional, através do incentivo e do fortalecimento da literatura local. “Temos excelentes poetas e escritores em Amambai. Meu desejo é o de unirmos forças e letras para destacarmos ainda mais a produção literária em âmbito estadual e nacional. Este posicionamento literário sensibilizará crianças, adolescentes e jovens, das escolas públicas e particulares, para serem autores de suas próprias vidas encontrando, na literatura e na poesia, as condições perfeitas para a maior aventura dos seres humanos: a viagem para dentro de si mesmos” concluiu.
No mês de agosto Rogério Fernandes lançou no Copacabana Palace, Rio de Janeiro, seu terceiro livro, o “Palavras amontoadas”. O autor trabalha para o lançamento de seu quarto livro “As aventuras de Nicolas e o robô do espaço”, seu primeiro livro infantil, ainda em 2017.
Lançamentos para Dourados e Amambai estão no cronograma do escritor para 2018.
Currículo
Rogério Fernandes Lemes nasceu em Amambai no dia 13 de maio de 1976. Casado, pai de dois filhos, funcionário público e membro da Academia Douradense de Letras e da UBE-MS. Criador da Biblio Editora e da Revista Criticartes. Publicou “Amambai com poesia” (2013); “Subjetividade na pós-modernidade” (2015); e “Palavras amontoadas” (2017).
Logomarca da Academia Douradense de Letras
DAS CORES:
O azul simboliza a justiça, nobreza, perseverança, zelo, lealdade e formosura. É a cor do amor divino, “a cor do tempo é o azul”, essa cor que exprime o infinito no espaço, simboliza também o infinito no tempo (é a cor de fundo onde estão inseridas as letras em negro com a inscrição Academia Douradense de Letras).
O preto é a ausência de toda cor. O tempo empurra o Universo para o negro em virtude da lei da degradação da energia. O preto é o sinal negro da morte, mas a morte é uma nova vida. Todo fim nada mais é que um recomeçar, assim, como a noite apenas apresenta o prelúdio de uma nova aurora, do mesmo modo a consciência do espírito humano, o ciclo, o perpétuo renascimento das coisas. O negro, portanto, representa mudança de estado. No sentido acadêmico registra ainda as lutas sociais pela liberdade e pela justiça. (A cor negra hoje representa o infinito. Todo universo se movimenta dentro dessa dimensão. Ela cria o contraste das estrelas e a escuridão do espaço). As “letras, os círculos com data de fundação, o contorno da pirâmide e a pena, são de cor negra”.
O vermelho é a cor do fogo, do sangue e da expressão do “Eu”, evoca fatalmente no espírito a ideia do coração que o propaga. Na medida em que representamos a cor vermelha, que por si representa simbolicamente guerras, lutas, porém não apenas no plano físico, mas nas lutas para vencer as barreiras do próprio “Eu”. É a chama do fogo Sagrado em cada “ser”. Representa o sangue derramado pelos heróis da literatura que tombaram pela Paz, Liberdade e Justiça Social (é o 3º círculo, onde o branco está no centro).
O branco é a simbologia da Paz, Amizade, Trabalho, Pureza, Cultura, Fé e Unidade em Deus, representando ainda a Paz Universal na pureza de um verso (o branco é a cor de fundo do 3º círculo que é de cor vermelha, envolvendo o louro, o trigo, a pirâmide, o pergaminho, a pena e a erva-mate).
O verde do louro: verde-suave, claro, e o verde-escuro da erva-mate, nos quais está representada a importância das nossas matas e a força da natureza. O verde da primavera, cor da esperança (árvore simbólica) simboliza a regeneração da humanidade. É a cor dos profetas simbolizando a vitória da Natureza e o triunfo dos combates espirituais. Tornou-se assim o emblema da vitória representado pelo louro e a erva-mate, que por sua vez exprime a nobreza da literatura e seu poder de integração entre as gerações. O verde está associado à ideia de germinação, renovação: o verde é vida.
O amarelo tem o significado heráldico de grandeza, riqueza, esplendor e soberania. É a cor que se aproxima da inteligência e do coração, “... o amarelo é a cor do sol dos alquimistas e os escritores que tratavam dos brasões não a ignoravam”. Nenhum elemento simples poderia evidenciar melhor força de caráter e coragem, cujas virtudes são extraídas da inalterabilidade da Fé ou do Amor Divino. Representa as riquezas ainda virgens de nosso solo, almejando um futuro esplendoroso para o município, simboliza ainda o ouro e o trigo em nossa região e seus raios (sol dos alquimistas) a abrangência da intelectualidade para o mundo (o amarelo é a cor do grão de trigo do logotipo).
O grafite é uma cor entre o preto e o chumbo, representando os degraus da escada da sabedoria, perpetuada pelo tempo (é a cor do centro da pirâmide que estão contidos o pergaminho e a pena). Finalmente, como conclusão dessas premissas, o silogismo do círculo, cuja proposição contém todos os símbolos da logomarca, que evoluíram através dos tempos, e chegou-se, à concretização da Academia Douradense de Letras que se torna assim, o projeto maior “de guardiã” da nossa cultura e história. Revelando o passado no momento presente e preservando-a para o futuro rumo ao infinito.
O FARDÃO
Após, a fundação da Academia Douradense de Letras, em segunda reunião acadêmica foi lida a Ata pela secretária da casa. Na referida data, os escritores e membros fundadores da ADL votam e aprovam o modelo escolhido do vestuário acadêmico. Ornamento este, que seria usado em funções solenes.
Ficou decidido que deveria ser nos moldes da Academia Brasileira de Letras, mas em cor diferente, no caso, a cor preta, visto que a cor negra daria um tom clássico aos beletristas. A envergadura da indumentária, em seu esplendor e elegância, teria de ter um peso distinguido. As vestes “padrão” dos “imortais” igualam e corporificam e tem a função de esconder seu portador, protegendo-o, e também, o papel desempenhado por essa pessoa no pórtico das Letras e Artes sem mostrar situação econômica dos membros da “Confraria”.
Para facilitar a aquisição do “fardão” os adornos foram substituídos. Exemplo: fios de ouro por galão dourado, e por linha de seda dourada; tecido: em vez de camurça de lã, pela “gabardine”. Tornando assim possível a sua aquisição por cada membro e, isentando o estado e ou município de arcar com os valores do aparato acadêmico. Diferenciando-se dos moldes da Academia Brasileira de Letras, onde, o Estado banca a investidura do imortal.
A seguir o MODELO DO FARDÃO:
O fardão é confeccionado em tecido gabardine, de cor preta e de comprimento longo, mangas longas, abertura frontal e com velcro para fechar, gola padre, sendo que o mesmo é unissex.
Na gola, um fio de galão dourado contornando o lado externo, na abertura frontal dois fios de galão dourado, na parte peitoral (ambos os lados): bordado um ramo com seis folhas de louro e quatro espigas de trigo, nas mangas – punho - uma espiga de trigo ladeada por dois fios de galão dourado.
A acadêmica Esmeralda de Oliveira Borges, foi à primeira costureira que confeccionou o fardão. Dona Maria Senhora Ribeiro da Silva, a segunda costureira a confeccionar o fardão dos eleitos. Senhora Ana Matilde Devoti, a bordadeira dos adereços da indumentária, desde o princípio.
A BANDEIRA
A bandeira da ADL foi discutida durante muitas reuniões. Mas quem apresentou a sua forma, com seus detalhes e cores foi a acadêmica Maria Helena Izidório de Oliveira, epíteto, “Heleninha de Oliveira” e aprovada por unanimidade. Foi no ano de 2000, quando a Vice-Presidente Ruth Hellmann Claudino assumiu a presidência, pois, a Drª Odila S. Lange, pediu demissão do cargo pelo motivo de ser candidata à Vereadora.
A apresentação da bandeira ao público aconteceu durante a sessão magna de posse solene dos Acadêmicos Ilson Ozório e Paulo Sérgio Nolasco dos Santos, no dia 15/09/2000 (quinze de setembro de dois mil), no Teatro Municipal de Dourados, com a casa lotada, Heleninha desceu as escadas do anfiteatro, entre aplausos, carregando a Flâmula, levou-a até o palco onde pôde ser apreciado pelos presentes.
A partir deste momento a Bandeira embeleza os eventos acadêmicos. A bandeira foi bordada pela senhora: Tokuko Isawa Miyai (Suely).
DOS MOTIVOS DA BANDEIRA
Pirâmide, Pergaminho, Pena, Erva-mate, Trigo, Louro, Estrelas, Círculo, e, Tecido nas cores: vermelho, branco e azul. E acresceu-se, mais um círculo, além, do que havia no logotipo da ADL.
No retângulo de tecido vermelho encontra-se bordado o slogan Ad Infinitum Per Angusta, com letras em preto; A pirâmide, cuja base côncava representa as dunas dos desertos, ou seja, a aridez do conhecimento humano tão centrado nas mentes de poucos privilegiados.
Apesar de a pirâmide estar aparentemente solta, nas dimensões de tempo e espaço, ela tem suas bases laterais profundamente alicerçadas, chegando até nós e se projetando para o futuro; – O pergaminho e a pena significam a evolução da escrita, as “belas-letras”****; as belas-artes. – Erva-mate: a região de Mato Grosso do Sul foi agraciada com a maior produção de erva-mate nativa, constituindo a primeira economia extrativista da região de Dourados; – Trigo: sua a cultura chegou com a colonização, representa o alimento do corpo e do espírito; – O louro representa a glória de tantas lutas e sofrimentos dos povos que se encontram representados nesta região, e a homenagem aos que nos legaram a arte literária; – Estrelas: de cinco pontas conforme é o costume heráldico e na cor amarelo ouro, que nos reporta e é a representação dos quatro elementos: água, terra, fogo e ar; expressa a união dos desiguais; representa também uma união fecunda; simboliza ainda o andrógino; induz a ideia de Proteção, Vontade e Bem.
Portanto, as quarenta estrelas contidas na bandeira, elas representam a Confraria Acadêmica nas suas escalas, pois, os imortais, escolhem através do voto secreto, àqueles que se juntarão a eles e, na magnitude do esplendor das “estrelas”, o Infinito nos céus das Letras; a Arte do bom viver e, do amor universal entre irmãos de ideias e ideais, na Arte da Escrita: talvez, a mais difícil de todas as artes, visto que através dela, temos que nos fazer compreender.
Círculo ou esfera: em ordem contrária é o 4º (quarto círculo), premissa que contém toda simbologia da logomarca.
CORES:
– O azul simboliza a justiça, nobreza, perseverança, zelo, lealdade e formosura. (é a cor de fundo onde consta às caracteres em negro, com a inscrição: Academia Douradense de Letras);
– O preto é a ausência de toda cor. O preto é o sinal negro da morte, mas a morte é uma nova vida. No sentido acadêmico registra ainda as lutas sociais pela liberdade e pela justiça. As letras, os círculos com data de fundação, o contorno da pirâmide e a pena, são de cor preta.
– O vermelho é a cor do fogo, do sangue e da expressão do “Eu”. Representa o sangue derramado pelos heróis da literatura que tombaram pela Paz, Liberdade e Justiça Social (é o 3 º círculo, onde o branco está no centro).
– O branco é a simbologia da Paz, Amizade, Trabalho, Pureza, Cultura, Fé e Unidade em Deus, representando ainda a Paz Universal na pureza de um verso (o branco é a cor de fundo do 3º círculo que é de cor vermelha, envolvendo o louro, o trigo, a pirâmide, o pergaminho, a pena e a erva-mate).
– O verde do louro: verde-suave, claro e o verde da erva-mate, nos quais está representada a importância das nossas matas, e a força da natureza. O verde está associado à idéia de germinação, renovação: o verde é vida.
– O amarelo tem o significado heráldico de grandeza, riqueza, esplendor e soberania. É a cor que se aproxima da inteligência e do coração. Simboliza o ouro e o trigo em nossa região e seus raios (sol dos alquimistas) a abrangência da intelectualidade para o mundo (o amarelo é a cor do grão de trigo do logotipo).
– O grafite é uma cor entre o preto e o chumbo, representando os degraus da escada da sabedoria, perpetuada pelo tempo (é a cor do centro da pirâmide que estão contidos o pergaminho e a pena).
1. O primeiro círculo do centro para foi, em tecido branco está bordado: o louro, trigo, pergaminho, pena e a pirâmide.
2. O segundo círculo, ligação entre o primeiro e o segundo, bordado está, na cor vermelha.
3. O terceiro círculo de tecido azul, nele está inserido o texto: Academia Douradense de Letras e a data de sua fundação. As letras são da cor negra.
4. O quarto círculo tecido branco, no qual estão bordadas as estrelas, num total de 40 (quarenta), sendo que cada estrela representa uma cadeira; as seis na parte inferior representam a diretoria da casa, e assim, fechando o círculo, que simbolicamente representam os membros da Academia de mãos dadas num elo de amor pela causa que abraçaram: – A escrita.
5. A bandeira da ADL é retangular e têm as duas faces iguais poderá ser hasteada pelo seu mastro, sua envergadura é de primeira grandeza.
**** Das belas letras: a gramática, a eloquência, a poesia e a literatura.
Selo da Academia Douradense de Letras
A BANDEIRA
A bandeira da ADL foi discutida durante muitas reuniões. Mas quem apresentou a sua forma, com seus detalhes e cores foi a acadêmica Maria Helena Izidório de Oliveira, epíteto, “Heleninha de Oliveira” e aprovada por unanimidade. Foi no ano de 2000, quando a Vice-Presidente Ruth Hellmann Claudino assumiu a presidência, pois, a Drª Odila S. Lange, pediu demissão do cargo pelo motivo de ser candidata à Vereadora.
A apresentação da bandeira ao público aconteceu durante a sessão magna de posse solene dos Acadêmicos Ilson Ozório e Paulo Sérgio Nolasco dos Santos, no dia 15/09/2000 (quinze de setembro de dois mil), no Teatro Municipal de Dourados, com a casa lotada, Heleninha desceu as escadas do anfiteatro, entre aplausos, carregando a Flâmula, levou-a até o palco onde pôde ser apreciado pelos presentes.
A partir deste momento a Bandeira embeleza os eventos acadêmicos. A bandeira foi bordada pela senhora: Tokuko Isawa Miyai (Suely).
DOS MOTIVOS DA BANDEIRA
Pirâmide, Pergaminho, Pena, Erva-mate, Trigo, Louro, Estrelas, Círculo, e, Tecido nas cores: vermelho, branco e azul. E acresceu-se, mais um círculo, além, do que havia no logotipo da ADL.
No retângulo de tecido vermelho encontra-se bordado o slogan Ad Infinitum Per Angusta, com letras em preto; A pirâmide, cuja base côncava representa as dunas dos desertos, ou seja, a aridez do conhecimento humano tão centrado nas mentes de poucos privilegiados.
Apesar de a pirâmide estar aparentemente solta, nas dimensões de tempo e espaço, ela tem suas bases laterais profundamente alicerçadas, chegando até nós e se projetando para o futuro; – O pergaminho e a pena significam a evolução da escrita, as “belas-letras”****; as belas-artes. – Erva-mate: a região de Mato Grosso do Sul foi agraciada com a maior produção de erva-mate nativa, constituindo a primeira economia extrativista da região de Dourados; – Trigo: sua a cultura chegou com a colonização, representa o alimento do corpo e do espírito; – O louro representa a glória de tantas lutas e sofrimentos dos povos que se encontram representados nesta região, e a homenagem aos que nos legaram a arte literária; – Estrelas: de cinco pontas conforme é o costume heráldico e na cor amarelo ouro, que nos reporta e é a representação dos quatro elementos: água, terra, fogo e ar; expressa a união dos desiguais; representa também uma união fecunda; simboliza ainda o andrógino; induz a ideia de Proteção, Vontade e Bem.
Portanto, as quarenta estrelas contidas na bandeira, elas representam a Confraria Acadêmica nas suas escalas, pois, os imortais, escolhem através do voto secreto, àqueles que se juntarão a eles e, na magnitude do esplendor das “estrelas”, o Infinito nos céus das Letras; a Arte do bom viver e, do amor universal entre irmãos de ideias e ideais, na Arte da Escrita: talvez, a mais difícil de todas as artes, visto que através dela, temos que nos fazer compreender.
Círculo ou esfera: em ordem contrária é o 4º (quarto círculo), premissa que contém toda simbologia da logomarca.
CORES:
– O azul simboliza a justiça, nobreza, perseverança, zelo, lealdade e formosura. (é a cor de fundo onde consta às caracteres em negro, com a inscrição: Academia Douradense de Letras);
– O preto é a ausência de toda cor. O preto é o sinal negro da morte, mas a morte é uma nova vida. No sentido acadêmico registra ainda as lutas sociais pela liberdade e pela justiça. As letras, os círculos com data de fundação, o contorno da pirâmide e a pena, são de cor preta.
– O vermelho é a cor do fogo, do sangue e da expressão do “Eu”. Representa o sangue derramado pelos heróis da literatura que tombaram pela Paz, Liberdade e Justiça Social (é o 3 º círculo, onde o branco está no centro).
– O branco é a simbologia da Paz, Amizade, Trabalho, Pureza, Cultura, Fé e Unidade em Deus, representando ainda a Paz Universal na pureza de um verso (o branco é a cor de fundo do 3º círculo que é de cor vermelha, envolvendo o louro, o trigo, a pirâmide, o pergaminho, a pena e a erva-mate).
– O verde do louro: verde-suave, claro e o verde da erva-mate, nos quais está representada a importância das nossas matas, e a força da natureza. O verde está associado à idéia de germinação, renovação: o verde é vida.
– O amarelo tem o significado heráldico de grandeza, riqueza, esplendor e soberania. É a cor que se aproxima da inteligência e do coração. Simboliza o ouro e o trigo em nossa região e seus raios (sol dos alquimistas) a abrangência da intelectualidade para o mundo (o amarelo é a cor do grão de trigo do logotipo).
– O grafite é uma cor entre o preto e o chumbo, representando os degraus da escada da sabedoria, perpetuada pelo tempo (é a cor do centro da pirâmide que estão contidos o pergaminho e a pena).
1. O primeiro círculo do centro para foi, em tecido branco está bordado: o louro, trigo, pergaminho, pena e a pirâmide.
2. O segundo círculo, ligação entre o primeiro e o segundo, bordado está, na cor vermelha.
3. O terceiro círculo de tecido azul, nele está inserido o texto: Academia Douradense de Letras e a data de sua fundação. As letras são da cor negra.
4. O quarto círculo tecido branco, no qual estão bordadas as estrelas, num total de 40 (quarenta), sendo que cada estrela representa uma cadeira; as seis na parte inferior representam a diretoria da casa, e assim, fechando o círculo, que simbolicamente representam os membros da Academia de mãos dadas num elo de amor pela causa que abraçaram: – A escrita.
5. A bandeira da ADL é retangular e têm as duas faces iguais poderá ser hasteada pelo seu mastro, sua envergadura é de primeira grandeza.
**** Das belas letras: a gramática, a eloquência, a poesia e a literatura.
Selo da Academia Douradense de Letras
Academia Douradense de Letras*
A Academia Douradense de Letras (ADL) alçou vôo em sala de aula, quando a professora Iracema Pereira Tibúrcio, e, futura acadêmica ensinava Literatura. Ela discorria sobre a importância de Agremiações e Academias de Letras e etc., na Escola Estadual Floriano Viegas Machado, nessa cidade.
Seus ensinamentos encontraram eco entre os seus alunos, na pessoa do estudante Nicanor Coelho, que na época era um jovem sonhador. Ele foi um dos mentores do tema: Fundação da Academia. O “Nica”, como é conhecido no meio acadêmico foi em busca de outros escritores para se juntar a ele. Dentre os quais, encontra apoio na pessoa, e, autora desta obra.
Com o encontro e a união das mentes afins, se dá a expressão do que seria a fundação da Academia Douradense de Letras em 15 de setembro de 1991. Nicanor Coelho foi o primeiro presidente da ADL, ele que foi alcunhado de: O Idealizador.
A Academia Douradense de Letras é uma entidade civil, sem fins lucrativos, e sem caráter político partidário, com seu estatuto registrado no Livro de Registro de Pessoas Jurídicas na APJ-6 sob o nº de ordem 1918, em 24 de agosto de 1992. Entidade inscrita no Ministério da Fazenda com o CGC nº 37.212.669/0001-57, com a finalidade literária, fomento de ações de defesa da língua portuguesa, de preservação das culturas existentes; incentivo a Arte pela Arte.
Seus membros se reúnem aos segundos domingos de cada mês, às 16h, em sua sede na Casa Arandu, que na linguagem indígena significa “Sabedoria”, e o espaço está situado à Rua João Cândido da Câmara s/n, no Parque dos Ipês.
O nome da Casa Arandu, foi pesquisado pela escritora e poetisa Heleninha a pedido da presidente da ADL: Drª Odila Schwingel Lange, que havia recebido da (vice-prefeita): Drª Lori Alice Gressler, a solicitação de um nome para a “Casa” que abrigaria a “confraria acadêmica”. E assim foi feito, Heleninha escolhe o nome “Sabedoria”, que na língua “Tupi Guarani” é “ARANDU”, e teve a ajuda do acadêmico Brígido Ibanhes na tradução da palavra, visto que não era aconselhável homenagear um “morto”, onde haveria apenas vida literária, local que seria disseminada as belas-letras.**
A ADL foi declarada de “Utilidade Pública” através da Lei n.º 1863 de 06 de agosto de 1993. O quadro da Academia Douradense de Letras é composto por quarenta cadeiras que serão preenchidas por membros eleitos, porém, desde sua fundação foram investidos, 15 (quinze) membros fundadores.
Na data de 27 (vinte e sete) de março de 1993 (mil novecentos e noventa e três), empossados, pelo convidado de honra o escritor Dr. Elpídio Reis, Presidente da Academia Sul-mato-grossense de Letras.
Dentre os escritores destacamos o nome da poetisa Maria Alice da Silva Ribeiro, nome artístico: Alice Ribeiro, que participou de todas as reuniões, inclusive na reunião da fundação, e o número da sua cadeira seria o número 01 (um), já que os números foram distribuídos conforme a ordem alfabética. Alice, porém, transferiu residência para os Estados Unidos, e nunca tomou posse na ADL, motivo porque a cadeira número 01 (um) ficou vaga, e só foi ocupada em 2002.
CONSIDERAÇÕES:
Sobre as ferramentas usadas para criação do símbolo acadêmico da ADL: pirâmide, pergaminho, pena, erva-mate, trigo, louro e círculo.
A pirâmide, cuja base côncava representa a duna do deserto, ou seja, a aridez do conhecimento humano tão centrado nas mentes de poucos privilegiados. Apesar de a pirâmide estar aparentemente solta, nas dimensões de tempo e espaço, ela tem suas bases laterais profundamente alicerçadas, chegando até nós e se projetando para o futuro. “Desde a escola pitagórica, o 4 sempre esteve associado ao nosso mundo visível: norte, sul, leste, oeste. Por outro lado, na tradição iniciática o 1 é a representação do Uno, o Início único de tudo, Deus. Portanto, a pirâmide, com sua base de 4 pontos e topo de 1 ponto, representa um canal de comunicação entre o mundo manifesto e Deus”.
O Pergaminho e a Pena, significam a evolução da escrita, as ”belas letras”, as belas-artes.
A Erva-mate, a região de Mato Grosso do Sul foi agraciada com a maior plantação de erva-mate nativa, produto amplamente utilizado pelas comunidades indígenas, tendo assim, constituído a primeira economia extrativista da região de Dourados.
Com a colonização, chegou a cultura do trigo.
O Trigo, ele representa o alimento material e também o espiritual.
O Louro, a glória de tantas lutas e sofrimentos dos povos que se encontram representados nesta região, sejam eles nativos ou colonizadores, e também uma homenagem aos povos que nos legaram a arte literária, na “Terra de Antônio João”.
O Círculo, símbolo do cosmos em sua unidade e totalidade. O micro e o macrocosmo; premissa que contém todos os símbolos da logomarca.
Estrelas, na Bandeira e no Selo, representam as 40 (quarenta) cadeiras da Academia, sendo destaque para as seis sob a pirâmide, homenagem a diretoria.
* Texto Oficial sobre a explanação dos símbolos acadêmicos, sempre que transcrito, deverá ser citada à fonte de pesquisa, dando crédito ao idealizador da idéia e outras obras subseqüentes.
** Na Antiguidade, os gregos e romanos classificavam como arte a pintura, a escultura, a oratória, o teatro, a poesia, a música e a dança. Mas foi no século XVIII que as manifestações criativas foram estudadas e classificadas em dois grupos: as belas artes e as belas letras. As belas artes eram seis: arquitetura, escultura, pintura, gravura, música e coreografia. Das belas letras faziam parte a gramática, a eloquência, a poesia e a literatura. Quando o cinema surgiu, em 1895, inventado pelos irmãos Lumière, foi classificado como arte e ganhou o rótulo de “sétima arte”.
Sobre o Festival Literário Internacional de Dourados FLID 2017
Presidente da ADL
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Foto: ADL divulgação |
A ideia de realizar o Festival Literário Internacional de Dourados pela Academia Douradense de Letras surgiu com na gestão anterior da confreira Ivone Macieski, numa reunião com os membros diretoria presentes: Vice-Presidente Marcos Coelho, secretárias Ruth Hellmann e Maria A. Pontes, a segunda tesoureira Heleninha de Oliveira, que assumimos a ideia e o compromisso de conduzir essa proposta à sua realização.
Desse modo a parte ideológica inicial ficou a cargo do escritor Marcos Coelho, que na conversação com os confrades, na experiência haurida no cenário do Mersosul, na tônica dos últimos congressos, o tema Erva-Mate foi a proposta de elo entre os povos e países que participariam, propondo a esse ser realmente um grande e maravilhoso evento internacional.
E assim, foi feito, buscamos estrutura, dividimos tarefas, conquistamos parcerias e concorremos no FIC/MS, sendo aprovamos no projeto e também no recurso. O entrave foi a demora na liberação efetiva do recurso, o que demandou adiamento do sonho e mudança no cronograma da realização.
O que passou de uma gestão a outra, quando o Presidente Marcos Coelho assumiu a direção, o mesmo se comprometeu a realizar, expondo para a confraria participativa o que faria e como foi feito, abraçamos a causa e todos os que assumiram estiveram ali apoiando de vários modos, culminando a sua realização em 27, 28 29 e 30 abril de 2017. Sendo essa uma das atividades em comemoração aos 25 anos, o Jubileu de Prata da Academia Douradense de Letras, com seus muitos amigos e parceiros inumeráveis.
A Academia Douradense de Letras lançou o projeto dessa Antologia dos 25 anos no FLID 2017.
Considerações finais
Estar à frente de uma instituição tão importante como a Academia Douradense de Letras traduz uma grande responsabilidade em saber honrá-la na saudação ao tempo de excelência que teve no afã de guardiã das belas letras. Esta antologia traduz um tanto dessa passagem de tempo, 25 anos de fundação, com todos os que as fundaram, com os que hoje saudosos, traduzem a imortalidade nas palavras que deixaram grafadas nas linhas da nossa história. Tenho a gratíssima honra de grafar aqui a saudação à sua história, brindando essa confraria literária com um singelo brinde do que somos capazes, sendo aqui uma singela semente que plantada continuará produzindo.
Assumindo a presidência da ADL, pude perceber o legado de meus saudosos amigos, essas pessoas que respeitei em vida e, hoje, na imortalidade das suas produções, chamo-os confrades. Conheci tão proximamente ao Ildefonso Ribeiro e ao José Pereira Lins, também pelo respeito e admiração ao meu antecessor na cadeira de nº 06 - Dr. Joaquim Lourenço Filho, esses indivíduos impares, que souberam na grafia da história respeitar os registros da palavra, da legítima boa palavra, da palavra que encanta, que constrói, que edifica erigindo construções sólidas no imaginário da palavra, haurindo o melhor do espírito humano, daqueles que, neófitos como eu, foram impelidos a persistir na jornada AD INFINITUM PER ANGUSTA, cujo trajeto é dado a quem de fato se lance ao desconhecido da palavra, do conceptual criativo, da capacidade de sonhar, de registrar história, sabendo e aprimorando a arte e o manejo da pena da escrita.
A nossa antologia não pode registrar todo nosso potencial, antes uma amostragem do potencial de alguns de nossos membros que, gentilmente, contribuíram com esse registro e celebração ao Jubileu de Prata da ADL. Aqui agradeço aos que colaboraram conosco nesse trabalho, aos que compõem a confraria na atualidade, aos que contribuem diariamente para que sejamos a Academia Douradense de Letras. Sobretudo, agradecemos a juventude da Academia Douradense de Letras Jovem, aos fundadores da ADL, ao confrade Waldir Francisco Guerra que acreditou e nos brindou com a publicação dessa antologia, a Confreira Heleninha de Oliveira, a Confreira Odila Schwingel Lange por contatá-lo, a Confreira Ruth Hellmann que nos brindou com o cordel da ADL e da ADL-Jovem, a Biblio Editora, do nosso Confrade Rogério Fernandes Lemes pelo trabalho editorial, a todos que compomos a história da ADL.
Agradeço a essa diretoria pelo incentivo, Vice-Presidente Ivone Macieski, Secretários Maria A. Pontes e Nicanor Coelho, Tesoureiros Merlinton João Braff e Heleninha de Oliveira, que me apoiaram e tornou possível chegar até aqui e realizar esse trabalho.
Ao Escritor Argentino Marcelo Moreyra, esse meu grande incentivador e meu “padrinho literário”, escritor de respeito que brindou à nossa Academia Douradense de Letras, pelos anos de amizade com nossos escritores como Odila Lange, Ruth Hellmann, Iracema Tibúrcio e Marcos Coelho, com dois poemas premiados para saudar aos 25 anos de nossa Confraria.
Considero, enfim, ter alcançado o melhor na tarefa do registro a que me propus, deixando mais uma contribuição para as futuras gerações que nos seguirão na história das belas letras.
Nem todos nós
Sara Jenifer Pontes Pereira
ADL-Jovem 1ª Turma
Nem todos nós somos ricos,
Mas mesmo assim, somos todos grandes amigos.
Nem todos nós temos uma casa grande e bonita,
Mas continuamos seguindo a vida!
Nem todos nós temos simplicidade,
Mas todos nós temos a igualdade.
Nem todos nós temos o amor da família,
Mas todos nós queremos um pouco de carinho.
Nem todos nós queremos o bem a todos,
Mas todos nós queremos pelo menos um pouco.
Nem todos nós temos gentileza,
Mas é preciso ter delicadeza.
Tudo o que precisamos
É de amor, carinho e simplicidade.
Pois é em uma família simples,
Que se encontra motivos para ser feliz de verdade.
ADL-Jovem 1ª Turma
Nem todos nós somos ricos,
Mas mesmo assim, somos todos grandes amigos.
Nem todos nós temos uma casa grande e bonita,
Mas continuamos seguindo a vida!
Nem todos nós temos simplicidade,
Mas todos nós temos a igualdade.
Nem todos nós temos o amor da família,
Mas todos nós queremos um pouco de carinho.
Nem todos nós queremos o bem a todos,
Mas todos nós queremos pelo menos um pouco.
Nem todos nós temos gentileza,
Mas é preciso ter delicadeza.
Tudo o que precisamos
É de amor, carinho e simplicidade.
Pois é em uma família simples,
Que se encontra motivos para ser feliz de verdade.
Maranguape, o Brasil nasceu aqui
Nathália da Silva Lemes
ADL-Jovem 1ª Turma
Maranguape!
Amada Terra, onde o
Respeito é o que não falta
As pessoas são hospitaleiras
Não hesitam em servir aos
Grandes amigos que
Unidos sempre vencem, e
Andando juntos,
Perdendo ou ganhando
Em um mesmo sentimento
O maranguapense
Brasileiro de coração
Resistiu aos holandeses
Até brilhar um novo dia,
Simplesmente corajoso,
Independentes das dificuldades e das
Lutas por um mundo melhor
Na cultura do café
A cidade trabalhou e
Simplesmente prosperou, foi
Criada em 17 de novembro de 1851
E é terra natal de Capistrano e Chico Anysio;
Um Município turístico
Atividade agrícola
Que se destaca no cenário nacional
Unindo povos, línguas e culturas
Independente de crença e religião.
Acróstico premiado em 11º lugar com Menção Especial no IV Concurso de Maranguape.
ADL-Jovem 1ª Turma
Maranguape!
Amada Terra, onde o
Respeito é o que não falta
As pessoas são hospitaleiras
Não hesitam em servir aos
Grandes amigos que
Unidos sempre vencem, e
Andando juntos,
Perdendo ou ganhando
Em um mesmo sentimento
O maranguapense
Brasileiro de coração
Resistiu aos holandeses
Até brilhar um novo dia,
Simplesmente corajoso,
Independentes das dificuldades e das
Lutas por um mundo melhor
Na cultura do café
A cidade trabalhou e
Simplesmente prosperou, foi
Criada em 17 de novembro de 1851
E é terra natal de Capistrano e Chico Anysio;
Um Município turístico
Atividade agrícola
Que se destaca no cenário nacional
Unindo povos, línguas e culturas
Independente de crença e religião.
Acróstico premiado em 11º lugar com Menção Especial no IV Concurso de Maranguape.
Poetizando
Leonardo Almeida Fávaro
ADL-Jovem 1ª Turma
Poesia
Uma palavra,
Um olhar,
Um relance.
É algo,
Sentimento
Tão grande;
Exaltante.
E quando
Se vê
Já se foi.
Mas,
Faz parte.
Está lá,
Estampada,
Impressa
Lá na revista
Letras & Artes*.
* Lançada em 28/03/2014 na AABB de Dourados, MS.
ADL-Jovem 1ª Turma
Poesia
Uma palavra,
Um olhar,
Um relance.
É algo,
Sentimento
Tão grande;
Exaltante.
E quando
Se vê
Já se foi.
Mas,
Faz parte.
Está lá,
Estampada,
Impressa
Lá na revista
Letras & Artes*.
* Lançada em 28/03/2014 na AABB de Dourados, MS.
Simplicidade pura
Guilherme Martins dos Santos
ADL-Jovem 1ª Turma
Tivemos que ir lá para ver,
Para poder perceber,
Que o jeito deles viverem
Com o nosso, não tem nada a ver.
Com os pés sujos de poeira,
Com a casa simples, feita, de madeira
E com muita humildade,
Eles passam para nós a verdadeira realidade.
Com simplicidade pura,
Nos apresentaram danças e rituais,
Para que tivéssemos um pouco mais
De conhecimento sobre sua cultura.
É! Esses povos têm muito a nos ensinar,
Apesar de não terem muita tecnologia,
O seu conhecimento
É de se espantar!
E com uma força imensa;
E com o coração gentil
Esses são os índios,
Os primeiros habitantes do Brasil!
ADL-Jovem 1ª Turma
Tivemos que ir lá para ver,
Para poder perceber,
Que o jeito deles viverem
Com o nosso, não tem nada a ver.
Com os pés sujos de poeira,
Com a casa simples, feita, de madeira
E com muita humildade,
Eles passam para nós a verdadeira realidade.
Com simplicidade pura,
Nos apresentaram danças e rituais,
Para que tivéssemos um pouco mais
De conhecimento sobre sua cultura.
É! Esses povos têm muito a nos ensinar,
Apesar de não terem muita tecnologia,
O seu conhecimento
É de se espantar!
E com uma força imensa;
E com o coração gentil
Esses são os índios,
Os primeiros habitantes do Brasil!
Meu Mato Grosso do Sul
Gabriel Ribeiro Rodrigues
ADL-Jovem 1ª Turma
Meu Mato Grosso do Sul
De beleza sem igual;
Um lugar tão bonito
Onde tem o Pantanal.
Lugar exuberante;
De paisagens sem igual.
Mato Grosso do Sul,
Meu Estado natal.
Lugar onde nasci,
Onde permaneci.
Lugar que só tem a expandir;
Onde os sentimentos se deixam fluir.
ADL-Jovem 1ª Turma
Meu Mato Grosso do Sul
De beleza sem igual;
Um lugar tão bonito
Onde tem o Pantanal.
Lugar exuberante;
De paisagens sem igual.
Mato Grosso do Sul,
Meu Estado natal.
Lugar onde nasci,
Onde permaneci.
Lugar que só tem a expandir;
Onde os sentimentos se deixam fluir.
Seu olhar
Alayni Aparecida Gaia dos Santos
ADL-Jovem 1ª Turma
Queria poder voltar no tempo
Pra tentar aquele seu olhar,
Que junto com aquele silêncio
Facilmente aprendeu a chorar.
Não sei se era de emoção
Ou se era medo;
Nunca te vi assim,
Mas sabia que havia alguns segredos.
O tempo foi passando
E também o seu olhar mudando,
Mas depois de tudo,
Infelizmente o vi se distanciando.
Agora não sei mais o que fazer;
Mudou o seu olhar tão rápido,
Mas também voltou a chorar.
Dessa vez, consigo ver
Que foi de tanto amar.
ADL-Jovem 1ª Turma
Queria poder voltar no tempo
Pra tentar aquele seu olhar,
Que junto com aquele silêncio
Facilmente aprendeu a chorar.
Não sei se era de emoção
Ou se era medo;
Nunca te vi assim,
Mas sabia que havia alguns segredos.
O tempo foi passando
E também o seu olhar mudando,
Mas depois de tudo,
Infelizmente o vi se distanciando.
Agora não sei mais o que fazer;
Mudou o seu olhar tão rápido,
Mas também voltou a chorar.
Dessa vez, consigo ver
Que foi de tanto amar.
Palavras da presidente na posse dos Acadêmicos da ADL em 2014
Odila Lange
Minhas senhoras e senhores
Presentes aqui neste evento
Cumprimento as autoridades
Como exige o momento
De maneira bem popular
Com versos eu me apresento!
Boa noite amigas e amigos,
Falo com satisfação
Saudando a todos vocês
Com alegria e emoção
Já deixando antecipadamente
Um beijo no coração!
A Academia Douradense de Letras
Sente-se feliz e honrada
Em ver aqui tanta gente
Prestigiando esta noitada
É com apoio de vocês
Que seguimos nessa jornada!
Empossando novos membros
Cumprimos nossa missão,
Trazendo o “sangue novo”
Com proposta de ação
Que a Academia prospere
Perseguindo a evolução!
Parabenizo meus pares
Que hoje foram empossados
Esperando que todos vocês
Escutem bem meus recados
Só assim podemos seguir
Nas letras todos irmanados!
Fizemos esta festa bonita
Para receber todo mundo
Nossas portas estão abertas
Com amor puro e profundo
Quem não aprecia a cultura
Vive num abismo profundo!
Parabéns Amir Tadeu de Matos
A glória hoje é tua!
Chegaste à imortalidade
Pois tua mente não é nua
Que sejas sempre iluminado
Pelo sol e pela lua!
Ao Marcos Coelho Cardoso
Que já era nosso parceiro
Seja bem vindo oficialmente
Pois das letras és um obreiro
Que teus poemas cativos
Conquistem o mundo inteiro!
E para Aurineide Alencar
Cordelista renomada
Minha saudação é especial
Para esta paraibana arretada
Pois sinto o maior orgulho
Em tê-la como afilhada!
Leonir Aparecida Menegati,
Pessoa de muito trato
Tenho um enorme prazer
Em vê-la empossada de fato
A grandiosidade da alma
Supre qualquer aparato!
Rogério Fernandes Lemes
Estamos juntos na jornada
Pois és também cordelista
Iniciando a caminhada
Vamos plantar muitos poemas
Deixando marcas na estrada!
O Merlinton João Braff
Eu saúdo com alegria
Seja bem vindo confrade
Aqui nesta confraria
Espalhe tuas ideias
Divulgando o “Neoletria”!
E Marise Andreatta
Poetisa da inclusão
Ao saudar-te nesta noite
É redobrada a emoção
Pois, o Xavier teu patrono
É como fosse meu irmão!
Sinto uma grande alegria
A emoção me domina
Ao falar em simples versos
Sofrendo para achar a rima
Agradeço de coração
Ao poeta lá de cima!
Agradeço às autoridades
Citadas pelo cerimonial
Carrego o peso da honra
Por ser poetisa imortal
Espalhando a poesia
Eu prego o bem conta o mal!
Agradeço a presença
Desta mesa tão seleta
Com a vinda de vocês
Atingimos nossa meta
Ao ver o plenário lotado
Nossa alegria é completa!
Obrigada também aos artistas
Que abrilhantaram este evento
Trazendo para a plateia
Cultura e contentamento
Nos saraus da Academia
Vocês terão sempre assento!
Para terminar eu agradeço
A todos que colaboraram
Sendo nossos patrocinadores
Ou pessoas que ajudaram
Até amigos que nas redes sociais
Nossa festa divulgaram!
Sou a Poetisa Guerreira
E na rima dou o tom
Disfarçando a emoção
Eu falo alto e em bom som
Meu beijo para vocês
É mais doce do que bombom!
Minhas senhoras e senhores
Presentes aqui neste evento
Cumprimento as autoridades
Como exige o momento
De maneira bem popular
Com versos eu me apresento!
Boa noite amigas e amigos,
Falo com satisfação
Saudando a todos vocês
Com alegria e emoção
Já deixando antecipadamente
Um beijo no coração!
A Academia Douradense de Letras
Sente-se feliz e honrada
Em ver aqui tanta gente
Prestigiando esta noitada
É com apoio de vocês
Que seguimos nessa jornada!
Empossando novos membros
Cumprimos nossa missão,
Trazendo o “sangue novo”
Com proposta de ação
Que a Academia prospere
Perseguindo a evolução!
Parabenizo meus pares
Que hoje foram empossados
Esperando que todos vocês
Escutem bem meus recados
Só assim podemos seguir
Nas letras todos irmanados!
Fizemos esta festa bonita
Para receber todo mundo
Nossas portas estão abertas
Com amor puro e profundo
Quem não aprecia a cultura
Vive num abismo profundo!
Parabéns Amir Tadeu de Matos
A glória hoje é tua!
Chegaste à imortalidade
Pois tua mente não é nua
Que sejas sempre iluminado
Pelo sol e pela lua!
Ao Marcos Coelho Cardoso
Que já era nosso parceiro
Seja bem vindo oficialmente
Pois das letras és um obreiro
Que teus poemas cativos
Conquistem o mundo inteiro!
E para Aurineide Alencar
Cordelista renomada
Minha saudação é especial
Para esta paraibana arretada
Pois sinto o maior orgulho
Em tê-la como afilhada!
Leonir Aparecida Menegati,
Pessoa de muito trato
Tenho um enorme prazer
Em vê-la empossada de fato
A grandiosidade da alma
Supre qualquer aparato!
Rogério Fernandes Lemes
Estamos juntos na jornada
Pois és também cordelista
Iniciando a caminhada
Vamos plantar muitos poemas
Deixando marcas na estrada!
O Merlinton João Braff
Eu saúdo com alegria
Seja bem vindo confrade
Aqui nesta confraria
Espalhe tuas ideias
Divulgando o “Neoletria”!
E Marise Andreatta
Poetisa da inclusão
Ao saudar-te nesta noite
É redobrada a emoção
Pois, o Xavier teu patrono
É como fosse meu irmão!
Sinto uma grande alegria
A emoção me domina
Ao falar em simples versos
Sofrendo para achar a rima
Agradeço de coração
Ao poeta lá de cima!
Agradeço às autoridades
Citadas pelo cerimonial
Carrego o peso da honra
Por ser poetisa imortal
Espalhando a poesia
Eu prego o bem conta o mal!
Agradeço a presença
Desta mesa tão seleta
Com a vinda de vocês
Atingimos nossa meta
Ao ver o plenário lotado
Nossa alegria é completa!
Obrigada também aos artistas
Que abrilhantaram este evento
Trazendo para a plateia
Cultura e contentamento
Nos saraus da Academia
Vocês terão sempre assento!
Para terminar eu agradeço
A todos que colaboraram
Sendo nossos patrocinadores
Ou pessoas que ajudaram
Até amigos que nas redes sociais
Nossa festa divulgaram!
Sou a Poetisa Guerreira
E na rima dou o tom
Disfarçando a emoção
Eu falo alto e em bom som
Meu beijo para vocês
É mais doce do que bombom!
Palavras de Odila Lange proferidas na posse dos novos acadêmicos da ADL no dia 13 de agosto de 2014 no Teatro Municipal de Dourados, MS.
Relação dos novos acadêmicos em 13 de agosto de 2014
Relação dos novos acadêmicos em 13 de agosto de 2014
Cadeira nº 6: Joaquim Lourenço Filho (MF) falecido
Cadeira nº 6: Marcos Coelho Cardoso
Cadeira nº 7: José Pereira Lins (MF) falecido
Cadeira nº 7: Aurineide Alencar de Freitas Oliveira
Cadeira nº 17: Alaércio Abrahão Santos falecido
Cadeira nº 17: Leonir Aparecida Ligor Menegati
Cadeira nº 22: Ilvo Santo Roratto falecido
Cadeira nº 22: Rogério Fernandes Lemes
Cadeira nº 24: Perciliano Bueno Cavalheiro falecido
Cadeira nº 24: Merlinton João Braff
Cadeira nº 40: Marise Fátima Andreatta
Amor, liberdade, sentimento, pulsação...
Marcos Coelho
Presidente da ADL
Liberdade de sentir,
O envolver, a relação...
Tons de escuridão,
Tudo ali acorda a paixão...
Tons de transpiração,
A pele transpira pura sedução,
Os poros exalam amor,
O olhar derrete as resistências,
O pensamento invade os sentimentos,
Sempre, de novo, novamente,
Amanhece a luz do sol dentro de si,
O vulcão desperta erupções,
Rompantes de vontades,
A saliva viçosa,
Os lábios quentes e famintos,
Tudo é envolvente,
Os retalhos, então, se unem,
A colcha vai sendo cosida a cada toque,
A cada beijo, a cada cheiro, a cada olhar,
O perfume da flor, o beija-flor...
A rosa exala o olor, suave perfume...
O toque suave no lençol de seda, o cetim...
Essa história de amor não tem fim...
Daí, empresta-se a pena ao poeta,
Exala-se amor tal como um jardim pleno de borboletas coloridas,
Para que em suas cores tenha sua inspiração,
E ele, assim, traduza a prosa do coração,
Ao suave toque da música da alma,
Na harmonia do acorde bem tocado em pulsação,
Ele ouça o tom, o toque, a cor e o sentimento desse som...
Na linha, o tempo, a palavra, o sentir...
Surgem combinações, eternidades,
Vida e vida, sempre e sempre, amor, sim,
Eternamente o sentimento e a história,
O poema, a palavra, eternamente: a POESIA.
Presidente da ADL
Liberdade de sentir,
O envolver, a relação...
Tons de escuridão,
Tudo ali acorda a paixão...
Tons de transpiração,
A pele transpira pura sedução,
Os poros exalam amor,
O olhar derrete as resistências,
O pensamento invade os sentimentos,
Sempre, de novo, novamente,
Amanhece a luz do sol dentro de si,
O vulcão desperta erupções,
Rompantes de vontades,
A saliva viçosa,
Os lábios quentes e famintos,
Tudo é envolvente,
Os retalhos, então, se unem,
A colcha vai sendo cosida a cada toque,
A cada beijo, a cada cheiro, a cada olhar,
O perfume da flor, o beija-flor...
A rosa exala o olor, suave perfume...
O toque suave no lençol de seda, o cetim...
Essa história de amor não tem fim...
Daí, empresta-se a pena ao poeta,
Exala-se amor tal como um jardim pleno de borboletas coloridas,
Para que em suas cores tenha sua inspiração,
E ele, assim, traduza a prosa do coração,
Ao suave toque da música da alma,
Na harmonia do acorde bem tocado em pulsação,
Ele ouça o tom, o toque, a cor e o sentimento desse som...
Na linha, o tempo, a palavra, o sentir...
Surgem combinações, eternidades,
Vida e vida, sempre e sempre, amor, sim,
Eternamente o sentimento e a história,
O poema, a palavra, eternamente: a POESIA.
Academia Douradense de Letras Jovem
![]() |
O idealizador Brígido Ibanhes na posse dos acadêmicos em 2012 |
Salientamos aqui que por se tratar de um segmento da Academia Douradense de Letras - Adulto, mantivemos os mesmos motivos e símbolos apenas com o acréscimo da palavra “JOVEM” para designar o segmento da Juventude. Segue o texto introdutório da criação da ADL – Jovem.
**
Dissertação referente ao Fardão e Lema sugeridos pela escritora Heleninha de Oliveira e escolhido pelos jovens acadêmicos: AB ORIGINE AD IMMORTALITATEM, que traduzido quer dizer: DESDE A ORIGEM, RUMO À IMORTALIDADE.
Heleninha de Oliveira*
A proposta deste trabalho é registrar os fatos de como se deu a constituição da nova academia literária, e assim, facilitar as pesquisas futuras.
A Academia Douradense de Letras Jovem (ADL-J) foi germinada em solo fértil na mente idealista do escritor Brígido Ibanhes, cognominado de O Andarilho. Em sua terceira gestão como Presidente da Academia Douradense de Letras (ADL). Por vezes, notoriamente, ele caminha pelas sendas à frente no seu tempo, em busca de conhecimento e aperfeiçoamento dos saberes. O termo “jovem” foi sugerido, notavelmente, pelo Confrade Acelino Rodrigues Carvalho.
Temos tantos nomes que deveriam aparecer aqui e merecem um agradecimento especial, portanto, agradecemos algumas pessoas fundamentais para a concretização desta nova confraria.
Pessoas que acreditaram que um sonho seria possível, e são elas:
Wilson Valentim Biasotto, Ilson Ozório, Ruth Hellmann, Creuza Ribeiro Nascimento, Odila Schwingell Lange, Ivone Macieski, Manoel Capilé Palhano, Marcelo Pereira Mourão, Maria Aparecida Pontes, Patrícia Henriette Forni Donzelli Bulcão de Lima, Rogério Fernandes Lemes, Celso Marques da Silva, Cristiane Pereira Peres, Marcos Coelho, Elizângela dos Santos de Souza Ibanhes e Marielva Araújo.
Registramos, ainda, a colaboração do Sociólogo Rogério Fernandes Lemes, com sugestões e revisão deste texto. Companheiro, compreensivo, de bom senso, sempre presente em nosso meio, e não foge às lutas. Agradecemos o apoio.
Em data festiva, dezoito de setembro de dois mil e onze, fez-se a lavratura da Ata de Fundação da Nova Academia Douradense de Letras Jovem, em Mato Grosso do Sul. Vigorosa, a eclética confraria nasce irrigada pela água da Sabedoria a sui generis ADL-J, protótipo para outras no gênero.
Entidade de duração ilimitada; suas finalidades são, exclusivamente, literárias e culturais. No seu estilo, a representação literária máxima na cidade de Dourados, MS. A referendada está contida de novas possibilidades e oportunidades para os jovens que sejam amantes das belas letras. Portanto, entendemos que assim se deu: A Origem dos Jovens Guardiões Imortais, e, ponderamos que, os mesmos contêm em si, a Esperança por companheira, logo, imaginamos que cada eleito ideou em sua mente e, fomentou em seu coração, o anseio de colher, num futuro próximo, os louros da Academia Douradense de Letras.
Disse o escritor Victor Hugo: “A água que não corre forma um pântano; a mente que não trabalha forma um tolo.” Não é o caso dos aprendizes e futuros escritores. Eles estão afoitos para trazer a lume, nos dar a conhecer, a opulência, de sua verve criativa e evolutiva, na forma de textos e contextos. Em consequência disso, ofertando um novo leque de oportunidades a serem copiadas pelas demais academias de letras, pois que, a força jovem é a nossa expectativa futurista, no aqui e agora.
Desde o princípio das vidas, em especial a humana, resguardamos as nossas origens, e neste caso, destacamos o surgimento da ADL-J, assim, salientamos a etimologia da palavra origem, também, a formação do corpo físico e espiritual, da Confraria ora formada. Da mesma maneira, enfocamos que os jovens neófitos: confrades e confreiras estão inebriados pelo “segundo mundo”, o mundo das ideias, conforme pensava Platão, porém, não esqueçamos Kant; aprendemos com ele que o conhecimento não é “um espelho da natureza” e não se dá, apenas, pelo acúmulo de percepções ou observações; ele depende da criatividade, da imaginação e do poder de abstração do nosso intelecto. Por tal razão, os instituidores da academia adulta, padrinhos e madrinhas, serão os “cajados” para os membros da ADL-J.
![]() |
Foto: divulgação da ADL. |
A posse e a investidura resplandecerão em noite memorável em três de outubro de dois mil e doze.
Fomos indicados para elaborarmos o modelo do FARDÃO. Apresentamos a ideia aos jovens presentes numa clássica reunião: uma roda de tereré. A agregação ocorreu na sede da ADL e, gentilmente, a sugestão foi aceita, logo, aprovada. Ficou decidido que deveria ser nos moldes da ADL, no entanto, em cor diferente, no caso, o vermelho escarlate, visto que o tom vermelho daria um toque elegante e de realeza aos jovens beletristas, e mais, seriam cunhados pela cor do fogo transmutativo e pela paixão às letras.
Sabe-se que a cor vermelha contém o significado heráldico do vigor, do poder e se associa com a vitalidade da força jovem ascendendo e perpetuando-se, com a energia cor do sangue que representa a vida e, na mágica das divisas, as lutas e vitórias em ambos os planos: o sagrado e o profano.
Ainda, a responsabilidade junto à sua academia guia, porquanto quê, a vestimenta ostenta o tom vermelho da “bandeira referencial" e demais adornos da Academia Mãe: a Protetora. Sabe-se que o vermelho está, fisicamente, associado ao fogo (quente, transformador, destruidor e salvador: simultaneamente). Cabe aos fundadores firmar o seu ideal de trocar a espada pelas letras contidas pela Justiça, Liberdade e Disciplina.
Em destaque, não se esquecer de buscar para si a Luz Interior, Vida com Dignidade, Amor ao Próximo, Sabedoria e a Paz Profunda, assim, poderá ouvir o seu próprio coração e, em consequência, edificar seu reino doutrinando-se a ser soberano de si mesmo.
Sabe-se que o verbo, no futuro, quase sempre causa dúvidas, mas acreditamos que não será impossível de escrevê-lo. Os JOVENS com certeza poderão, uma vez que, “só pode quem pensa que pode”.
O fardão é confeccionado em tecido Oxford na cor vermelha e de comprimento longo, mangas longas, abertura frontal e com velcro para fechar (tipo gola padre), sendo o mesmo unissex e os adornos são galão dourado; linha de seda dourada tornando assim possível sua aquisição por cada membro e, isentando o Estado e ou Município de arcar com os valores do aparato acadêmico.
Diferenciando-se dos moldes da Academia Brasileira de Letras (ABL), onde, o Estado é quem banca a investidura do Imortal. O fardão é confeccionado no seguinte estilo: na gola, um fio de galão dourado contornando o lado externo; na abertura frontal dois fios de galão dourado; na parte peitoral (ambos os lados) bordado um ramo com seis folhas de erva mate e quatro espigas de trigo, uma vez que os louros, os imortais terão que buscá-los: árdua luta; nas mangas (punho) uma espiga de trigo ladeada por dois fios de galão dourado.
Modelo do Fardão e o significado das cores
![]() |
Foto: Rogério Fernandes Lemes |
O VERMELHO ESCARLATE é a cor do fogo, do sangue e da expressão do “Eu”; evoca, fatalmente, no espírito a ideia do coração que o propaga. Na medida em que representamos a cor vermelha que, por si representa, simbolicamente, guerras e lutas. Porém, não apenas no plano físico, mas nas lutas para vencer as barreiras do próprio “Eu”. É a chama do fogo Sagrado em cada “ser”. Representa o sangue derramado pelos heróis da literatura que tombaram pela Paz, pela Liberdade e pela Justiça Social.
O vermelho escarlate é a mistura do vermelho puro com a cor laranja. Para visualizar a mesma, basta imaginarmos uma “chama”. É a cor do Fardão da ADL-J.
O AMARELO OURO tem o significado heráldico de grandeza, riqueza, esplendor e soberania. É a cor que se aproxima da inteligência e do coração, “... o amarelo é a cor do sol dos alquimistas e os escritores que tratavam dos brasões não a ignoravam”. Nenhum elemento simples poderia evidenciar melhor força de caráter e coragem, cujas virtudes são extraídas da inalterabilidade da Fé ou do Amor Divino.
A cor amarela representa as riquezas ainda virgens de nosso solo, almejando um futuro esplendoroso para o município, simboliza ainda o ouro e o trigo em nossa região e seus raios (sol dos alquimistas) a abrangência da intelectualidade para o mundo, (o amarelo ouro, é a cor dos bordados).
A costura e o bordado dos adereços da indumentária foram de responsabilidade da "Indústria de Confecções Regina" de propriedade de Nivaldo Gonzales e Regina Célia Cipolla Gonzales. A equipe de trabalho é constituída por: Eva Roque dos Santos (Cortadeira), Eliane Sabino e Edna Alves Martins (Costureiras), Harrison Saucedo de Oliveira (Bordador).
Enfatizamos que a escolha do tecido ficou sob a responsabilidade da acadêmica Ruth Hellmann, que sabiamente o escolheu. Ficou lavrado em Ata que a vestimenta seria presenteada aos neófitos pelos padrinhos e madrinhas, num gesto de respeito aos novatos que, certamente, serão os novos membros, eleitos, na academia mãe: a ADL.
A envergadura da indumentária, em seu esplendor e elegância, teria de ter um peso distinguido, de modo que, as vestes “padrão” dos “imortais” igualam e corporificam; têm a função de esconder seu portador, protegendo-o, e também, o papel desempenhado por essa personalidade no pórtico das Letras e Artes sem amostrar situação econômica dos membros da “Confraria”; é um abrigo seguro e belo que jamais mostra o poder aquisitivo da corporação.
Os neófitos fundadores serão investidos pelo FARDÃO, na cor vermelha de tamanho longo, com seus devidos adornos, cada um em sua respectiva cadeira, enumerada pela sequência alfabética e seus patronos serão os membros que foram investidos pela função de padrinhos e madrinhas e, evidenciados, na memorável noite de posse aos moldes da Academia Douradense de Letras.
A seguir, dissertaremos sobre o LEMA escolhido, uma vez que, apresentamos vários.
Revelamos que a inspiração nos veio do astral, em forma da Rosa dos Ventos, e que suas nuances brandiu o nosso âmago e a vibração descerrou os véus do impossível, e então, faiscantes raios dourado em forma de palavras e sons, envolveu-nos por completo.
Letras reunidas e suas primícias: remontam, transportam, agregam as origens, e aproxima os rumos à imortalidade. E com as letras unidas, formamos cinco frases que sugerimos como o possível lema da ADL-J. Mas, uma das junções antes mesmo de ser entregue seguiu seu primeiro rumo certeiro, aderindo-se e avolumando-se em nosso coração: o matiz exuberante tremeluzia aos olhos fechados, e se fez botão de expectativa, acompanhada pela clave de sol desenhada no pentagrama desta época, e, até sentimos o suspiro da melodia friccionada ao som de um violino. De repente, deleitosamente, se abriu em flor desdobrando-se em júbilo, quando os jovens fizeram a escolha pela frase antes almejada pela sua idealizadora.
O aprovado foi: AB ORIGINE AD IMMORTALITATEM (DESDE A ORIGEM, RUMO À IMORTALIDADE). Confesso que fiquei muito satisfeita pela escolha, uma vez que o mesmo traz em si a ideia de conquista, de ser sempre o melhor, de evoluir nos estudos e, portanto, se destacar como escritor jovem que anseia galgar, em seu tempo hábil, a almejada academia madrinha. A Academia Douradense de Letras, com todo esplendor e requinte dos imortais que, respeitosos e mui dignos são os antigos guardiões e fomentadores das Belas Letras em Dourados e via além-mundos; universo de cada acadêmico, através, do seu estilo literário e suas obras publicadas.
Os jovens foram alforriados quando galgaram a liberdade e oportunidade ao atravessarem o umbral da ADL-J podendo, então, visualizar, sentir e até tocar as flores do Jardim de Academus, num futuro que hoje se faz vida, impulsionados e investidos pelo vermelho escarlate que incita à vitória.
Ao ser iniciado, o novo se faz antigo podendo, corajosamente, externar o seu estro poético, a inspiração de sua alma espiritual aqui neste mundo dos terráqueos e, se agigantar, ao roçagar nas linhas grafite sobrepostas no alvo papel, as marcas históricas de cada jovem escritor, em cores, as notas que descreverão a sua época e sua história criadora.
Porém, expomos nossa única certeza, a de que, um dia, seremos pó. No entanto, a imortalidade dar-se-á através de ideais coletivos; de nossas obras literárias; do nosso exemplo de vida e fé, conforme concebemos; e, dos nossos arquetípicos, pois que o gênero humano morre, mas o fruto de sua alma espiritual fica e ressoa, como se fosse a Música das Esferas, através do atemporal.
Sejamos como Pitágoras que não deixou suas harmonias apenas na Terra; ele as lançou para os céus, às Orbes Celestes.
A seguir apresentamos a biografia dos jovens acadêmicos da ADL-J, informações estas, reunidas pela Secretária da ADL, a confreira Ruth Hellmann e diagramadas pelo confrade Rogério Fernandes Lemes.
ALAYNI APARECIDA GAIA DOS SANTOS
Nasceu em Dourados em 09 de outubro de 1999. Filha de Antônio Francisco dos Santos e Alice Gaia dos Santos. Desde 2007 participa da Orquestra Didática de Violão do Projeto Clave de Sol. Atualmente cursa o 8º ano na Escola Municipal Etalívio Penzo. E através da escrita, demonstra a paixão pela poesia e leitura.
Madrinha: Lori Alice Gressler.
AMANDA DONZELLI BULCÃO DE LIMA
Nasceu em Dourados em 22 de julho de 1999. Filha de Flávio Pimentel Bulcão de Lima e Patrícia Henriette Forni Donzelli Bulcão de Lima. Estuda na Escola MACE, cursando o 8º ano. Gosta de escrever e desenhar. Suas histórias foram expostas em murais da escola e no Teatro Municipal de Dourados. Em maio de 2011, na inauguração da biblioteca da Escola MACE, fez o pré-lançamento do seu primeiro livro, com 37 páginas. Padrinho: Wilson Valentim Biasotto.
BRUNO PALHANO MEIRA
Nasceu em Dourados em 06 de fevereiro de 1995, Filho de José Henrique Meira Sobrinho e Rosa Palhano Soares Meira, estuda na Escola Estadual Floriana Lopes, cursando o 9º ano. Gosta de escrever contos e romances. Madrinha: Odila Schwingell Lange. Nome artístico: Odila Lange
DÉBORA PERENTEL DE SANT’ANA
Nasceu em Dourados, no dia 20 de maio de 1999, filha de Adailton José de Sant’ Ana, e Rosângela Ojeda Perentel, estuda na Escola Estadual Castro Alves no 8º ano do curso fundamental. Vem se destacando na arte de escrever poesias. Madrinha: Iracema Pereira Tibúrcio. Nome artístico: Iracema Tibúrcio
GABRIEL RIBEIRO RODRIGUES
Nasceu em Dourados em 07 de julho de 1996. Filho de Creuza Ribeiro Nascimento e Vespasiano Vieira Rodrigues. Ao longo dos anos vem nos agraciando com a escrita de poesias e textos que ainda não foram publicados. Cursa o 9º ano do curso fundamental na Escola Municipal Etalívio Penzo e participa da Fanfarra de Percussão da sua escola. Padrinho: Ilson Ozório.
GUILHERME MARTINS DOS SANTOS
Nasceu em Dourados em 15 de fevereiro de 1998. Filho de José Pedro Martins dos Santos e Maria Ilda da Costa Santos. No ano de 2007 iniciou sua participação na Orquestra Didática de Violão do projeto Clave de Sol, onde ainda permanece. Atualmente cursa o 9º ano na Escola Municipal Etalívio Penzo. Madrinha: Maria Helena Izidório de Oliveira. Nome artístico: Heleninha de Oliveira.
LEONARDO ALMEIDA FÁVARO
Nasceu em Dourados em 09 de julho de 1998. Filho de Fernando Luíz Fávaro e Rosania Almeida Ferreira. Participa da Fanfarra de Percussão na Escola Municipal Etalívio Penzo, onde cursa o 9º ano. Vem demonstrando uma dedicação e proximidade com a literatura, escrevendo belíssimos textos e poesias. Madrinha: Ivone Rodrigues Macieski. Nome artístico: Ivone Macieski
MARIA EDUARDA BEZERRA DE MELLO
Nasceu em Campo Grande, no dia 1º de abril de 2000. É filha de Carlos Augustos Vieira de Mello e de Daniela Begena. Estudante no Centro Educativo Antonio Raposo Tavares (CEART) cursa o 7º ano. Gosta de ler e escrever poesias e textos. Padrinho: Manoel Capilé Palhano.
NATHÁLIA DA SILVA LEMES
Nasceu na cidade de Amambai, no dia 22 de junho de 1999. É filha de Rogério Fernandes Lemes e Kassia Regina Mariano da Silva Lemes; Estuda no 7º ano do Centro Educativo Antonio Raposo Tavares (CEART) em Dourados/MS. Gosta de ler e escrever poesias e textos. Participou do concurso literário do Ceará, com o Acróstico: “Maranguape, o Brasil nasceu aqui” ficando em 11º lugar. Madrinha: Ruth Hellmann Claudino. Nome artístico: Ruth Hellmann.
SARA JENIFER PONTES PEREIRA
Nasceu em Glória de Dourados, em 14 de janeiro de 2000. Filha de Cleber Aparecido Pereira e Maria Cristiane Pontes da Silva Torres. Atualmente realiza aulas de Strit Dance no Estúdio Blanche Torres por intermédio do Projeto Nace. Cursa o 8º ano na Escola Municipal Etalívio Penzo. Vem orgulhando a todos com suas belíssimas poesias, textos e versos. Padrinho: Marcelo Pereira Mourão. Nome artístico: Marcelo Mourão.
TAINÁ SOUZA MIRANDA
Nasceu em Dourados, em 30 de janeiro de 2000. Filha de Brígido Ibanhes e de Elisângela dos Santos de Souza Ibanhes. Começou seus estudos em Bela Vista (MS), mudou-se para Dourados, estuda na Escola Castro Alves, cursando o 8º ano. Devido à influência literária do pai, desde a mais tenra idade demonstrou interesse pela leitura e pela construção de textos e poesias. Padrinho: Brígido Ibanhes.
YAN GABRIEL BRANDÃO
Nasceu em Dourados no dia 29 de agosto de 1995. Filho de Marcelo Araújo da Silva e Gislene Brandão. Estuda na Escola Anglo cursando o 1º Ano do Ensino Médio, além de gostar muito de literatura, gosta de escrever contos. Madrinha: Esmeralda de Oliveira Borges. Nome artístico: Esmeralda Borges.
* Heleninha de Oliveira / Cognominada de Guardiã da Usina Velha de Dourados-MS. Cadeira nº 09 da Academia Douradense de Letras. Membro Correspondente da AILA/Academia Irajaense do Rio de Janeiro/RJ e outras academias de diferentes Estados. Patrono: Camilo Ermelindo da Silva.
A ficção e a distorção da realidade
Vice-Presidente da UBE-MS
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Imagem: cursoderedacao.net |
A ficção literária apresenta-se como instrumento na compreensão da realidade, na medida em que deforma suas limitações cotidianas. A produção ficcional não pode ser compreendida como uma mentira, mas como uma distorção da própria realidade ao trabalhar com fatos imaginários. Em outras palavras, a ficção consolida-se na prevalência de fatos imaginários que prevalecem sobre a observação.
Quando uma pessoa faz a opção por ler um romance, por exemplo, ela tem consciência de que interage, fundamentalmente, com fatos imaginários e não fatos históricos. Essa percepção prévia, de que uma história é o resultado da imaginação de alguém sobre suas observações da realidade e suas limitações, torna-se irrelevante do ponto de vista do juízo de valor. A pessoa não está preocupada se os fatos narrados pelo autor são verdadeiros ou não, mas sim, na possibilidade de uma percepção diferente da realidade; em uma possível compreensão da própria condição humana; ou, simplesmente, identificar-se com aquilo que sente, ainda que não possa manifestar publicamente.
A ficção é o auxílio necessário para que um escritor não tenha limites. A realidade, sim, tem seus limites e, por vezes, frustrantes. A ficção é uma espécie de “imaginação sociológica” proposta por Wright Mills e que, nada mais é, do que um recurso que o sociólogo utiliza para pensar os fatos históricos e os fenômenos sociais e depois voltar à realidade. Para o escritor, a ficção é o recurso ideal na sua produção literária.
Nessa compreensão da ficção como um recurso de distorção da realidade limitada não há mentira. Não a que se falar em mentira quando uma obra é apresentada aos leitores como ficção, fruto da imaginação. A proposta de um escritor em contar uma história não significa que ele falará sobre verdades universais, mas uma caricaturização da realidade que, se bem compreendida, permite-nos pensar e dialogar sobre aspectos essenciais da condição humana.
Para Mario Vargas Llosa, nas ficções não há mentira alguma, porque a ficção não engana o leitor que sabe, previamente, que sua leitura é uma invenção literária que teve como ponto de partida um evento da realidade, mas que foram engenhosamente transformados mediante acréscimos, exageros ou supressões. Verdades e mentiras coabitam um mesmo universo.
Quando pensamos no conto “O Gato Preto” de Edgar Allan Poe, por exemplo, temos ciência de que é uma história inventada, porém, que retrata comportamentos, sensações e percepções subjetivas do ser humano. Essas deformações da realidade constituem-se como uma das formas de compreensão melhor da realidade. Certos eventos somente serão possíveis através da ficção. Portanto, eis a riqueza e grandeza da ficção literária como um instrumento para conhecer mais a vida ou mesmo entender melhor as relações humanas.
Diferentemente da História ou da Sociologia, a ficção não tem obrigação de dizer a verdade histórica, exceto a verdade literária, essa sim capaz de persuadir e encantar o leitor levando-o a uma profunda reflexão de sua condição e de seu posicionamento no mundo.
A brevidade da vida, por si só, é um fator que limita o ser humano. Ainda que a realidade seja uma bolha que aprisiona as pessoas e seus sonhos, a ficção é mais que uma válvula de escape, é uma espécie quase divina de salvação.
O surrealismo de Jacek Yerka
Vice-Presidente da UBE-MS
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Imagem: yerkaland.com |
Conterrâneo de Zygmunt Bauman, o surrealista Jacek Yerka nasceu em Torun, na Polônia no ano de 1952, onde estudou arte e design gráfico. Segundo o blog 7 das Artes, Yerka graduou-se “pela Faculdade de Belas Artes da Universidade Nicolaus Copernicus em Toruń, com especialização em gravura, começou a trabalhar em tempo integral como um artista em 1980”.
A vida no campo e os sonhos da infância caracterizam a arte de Yerka, considerado “o pintor dos sonhos” e das “paisagens fantásticas”.
O próprio Yerka reconhece a forte influência de Jan van Eyck em suas criações geniais. Outros nomes também contribuíram como Hugo van der Goes, Hieronymus Bosch e Pieter Bruegel. Em seu site Yerka diz que tudo nasce de esboços com giz de cera e lápis passando pelo crivo ferrenho da esposa e filha.
Suas pinturas apresentam-se em traços precisos e já lhe rendeu o prêmio World Fantasy Award em 1995 como melhor artista. Suas obras são exibidas na Polônia, França, Estados Unidos e Alemanha.
A seguir, um dos belíssimos trabalhos recentes disponibilizados no site do artista.
Bons sonhos!
O gato amarelo
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Imagem: dogville.com.br |
As nuvens cinzentas agruparam-se e demonstraram a força de uma chuva forte pela frente. O homem, mais que depressa, pensou em abrigar o carango, pois assim era como chamava seu veículo de cor prata. Depois de duas tentativas para dar a partida – raramente pegava na primeira – o carango funcionou e foi lentamente colocado no fundo da garagem, que tinha espaço de sobra para até dois veículos. Assim que desligou, o homem pegou um pedaço de pano, um balde com água e deu um trato no possante.
Por de trás, de soslaio, um gato peludo amarelado espreitava o engenho humano e seu desperdício de energia em coisa tão sem propósito, pensava o bichano. O homem, concentrado, ignorava que alguém, ou alguma coisa, o observava.
Assim que terminou a limpeza, quase completa, sentiu fortes dores na coluna. Puxou um banco e sentou-se. Com um sorriso levemente armado contemplava seu feito. Um sentimento de crença e fidelidade no plano de manutenção e conservação de seu bem durável tomou-lhe por inteiro. Aliás, era seu único patrimônio.
Ao cair da tarde, lavada pela chuva, o homem recolheu-se aos seus aposentos. Assim que percebeu segurança, o gato saiu de seu covil e iniciou sua ronda de reconhecimento.
— O que será essa engenhoca? Pensou o gato consigo mesmo ao inspecionar o veículo.
— Os humanos são tão soberbos e, ao mesmo tempo, tão dependentes, concluiu o gato.
Depois de passear e rodear pelo veículo, o bichano resolveu fazer algo inaceitável pelo proprietário: tocar no carango. Se tinha uma coisa que mais o irritasse, na vida, era emprestar seu carro. Até mesmo para sua mãe.
Logo ao primeiro cantar do galo o homem pulou da cama e vestiu-se rapidamente. Andou até a porta da cozinha e notou que a chave não estava na fechadura e, muito menos, no claviculário. Sentiu uma leve irritação momentânea. Decidiu acalmar-se e examinar na prateleira, nas gavetas, dentro de algumas panelas amassadas de alumínio. Nada da chave.
— Caçarola! Bradou. Por mais que procurasse era inútil.
— Mas que raio de chave. Criou pernas?
Indignado, o homem ficou ainda mais nervoso. Pela janela o gato observava tudo atentamente. A janela era razoavelmente alta e, de cima do veículo, o gato tinha uma vista privilegiada do interior do cômodo. De um relance, o homem viu o gato deitado sobre o teto do veículo. Uma fúria tomou conta de seu interior a ponto de sentir suas entranhas arderem.
— Que raiva desse infeliz bichano desavisado e sem noção – resmungava o homem.
Na sua infância, o homem vivenciou um episódio dramático que o levara a ter ódio de toda e qualquer espécie de gatos. Tinha lá seus sete ou oito anos de idade e estava na casa de sua avó materna. Brincava com um gatinho que achava muito bonito. Certa tarde, a família encontrava-se sentada sob a sombra de um pé de sinamão e o menino veio com o gatinho em seus braços. Brincando por ali, encostou-se em um opala azul que era de um amigo de seu pai. Como toda criança de sua idade não pensava que suas brincadeiras causassem qualquer problema.
Colocou o gatinho sobre o capô do opala azul e brincava feliz da vida. Quando o homem viu o gatinho andando e riscando a pintura polida do opala, deu um grito e atirou o pobre bichano ao chão. Enraivecido, despediu-se e foi-se embora. O menino levou uma surra e, desde então, traz em seus registros mais secretos a ojeriza por gatos.
Tempos depois, encontrava-se sozinho na cozinha de sua casa e cometeu um ato terrível. Pegou uma gatinha pequena que era de sua mãe e a jogou no poço da casa. Doze metros depois, a gatinha estava no fundo do poço, semelhante a muitos humanos. Por mais que sua mãe tentasse salvá-la, era impossível. A gatinha subia no balde e, ao ser içada, a certa altura saltava e caia novamente afogando-se. Foram várias as tentativas para salvá-la. Parecia até que a gatinha queria mesmo era pôr um fim à sua curta vidinha.
Como um relâmpago, o homem reviveu o acontecimento da infância e sentiu ainda mais raiva do gato sobre seu carango.
— Ah se eu acho essa chave... Aquele gato não perde por esperar.
Quanto mais procurava, mais não encontrava. O sentimento de raiva elevou-se e, agora, o homem desejava dar cabo do gato atrevido e, mesmo fazendo acenos e gritando, o gato parecia ficar imóvel, de propósito e com aquela cara de sarcasmo.
— Saia daí, seu infeliz! Esse carro está encerado. Sai!
Era como se o homem falasse a língua dos homens. O gato nem aí para ele. Fazia questão de não entender. Seus olhos eram como dois grandes pontos negros, como pontes para o infinito e além. A raiva que o homem sentia parecia vir dessa outra dimensão. Não era humana. Em um pensamento insano, o homem deu um pontapé na porta. O barulho despertou a atenção do vizinho, um senhor centenário que vivia sozinho na casinha humilde, ao lado.
Outro estrondo. E mais outro. E mais outro. Silêncio...
O gato estava no chão desacordado. O homem ensandecido, ensanguentado. Em um ataque de fúria desferiu, não dez, mas dezenas de golpes na cabeça do guardião sombrio. Via a boca do gato aberta cheia de dentes e sentia mais raiva ainda. O gato não emitia qualquer som e isso irritava ainda mais aquele homem consumido pelo furor.
Cansado de tanto golpear, o homem escorou-se na cantoneira do cubículo. Observou o gato agonizar e suspirar lentamente. Era uma punição justa e adequada, pensou. Mas não era para o pobre gato, certamente. Recuperadas as energias, sentiu caminhar pelo corpo todo o mais repugnante remorso. Tinha vergonha de sua condição humana. Sentou-se no chão e chorou como uma criança com suas razões para chorar.
Passados alguns minutos, o homem recobrou a consciência e refletiu sobre a razoabilidade de seu comportamento.
— Foi razoável? Esse era o questionamento em sua mente martelando como um cuitelinho.
O gato parecia protestar contra as maldades deste mundo tridimensional. Apesar dos inúmeros golpes sofridos, o bichano lutava pela vida. Tinha um enorme desejo de viver. Afinal, acreditava ter sete vidas.
Carlinhos, José e eu
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Imagem: conexaojornalismo.com.br |
Da última vez que estive com Carlinhos comentei sobre um de seus poemas, o “Privilégio do mar”. Ele demonstrou certa indiferença e continuou, inerte, a contemplar o concreto armado dos imponentes e corroídos edifícios à sua frente.
Talvez fosse melhor virar-se e contemplar o mar Carlinhos, disse a ele. Você perde de ver as pessoas em suas zonas de conforto banhando-se na fétida praia da solidão. Estão bem atrás de você e, por vezes, causam-lhe estragos. A última insanidade custou vinte e cinco mil ao erário público no conserto de seus quadrados óculos.
O poeta continuava imóvel, sem dizer uma só palavra. Não era birra e nem mesmo indelicadeza. Era sensibilidade com miséria humana. Dali, a uns duzentos metros, ele contemplava “mil corpos labutando em mil compartimentos iguais” alheios, quem sabe, à existência dos horrores de um conflito mundial.
Ele não estava em um terraço confortável. Estava era pegando gripe, ao relento. Sol, chuva, maresia, ventos alísios e, vandalismo. Com todas essas mazelas pontuadas Carlinhos, se quer, ousou declamar. Seu silêncio era tão igual aos corpos que bem cervejas do alto de seus edifícios.
Dei de costas a Carlinhos e contemplei a infâmia do mundo. E agora, José? E agora, Carlinhos? Poderá o homem salvar-se de si mesmo? A indiferença e o altruísmo habitam a mesma casa? Poderia o homem, inconformado com sua mortalidade, atingir o absoluto? A felicidade a qualquer custo? Silêncio.
Apenas o dançar frenético e interminável das ondas às suas costas. Um ou outro aproximaram-se um pouco desconfiados sentindo-se traídos pela ignorância por não saber quem era, quem foi e o que escreveu Carlinhos. Talvez para não perder a viagem e disfarçar suas carobas, aquelas pobres almas registraram seus fantasmas ao lado do metálico, gélido e indiferente Carlinhos.
Continuei a seu lado. Firme e quase inerte como ele. Ambos respirando a brisa do oceano, fatigados pela vida, mas com o privilégio de estar ali, naquele instante, naquele lugar.
Passados alguns minutos percebi uma trégua. Carlinhos espreguiçou-se e me disse: qual é?
Percebi então ser o momento para puxar assunto e falar de coisas irrelevantes. Era um bom começo. Onde você mais gosta de ficar Carlinhos? “Fundeado na baía em frente da cidade”, foi a resposta. Pensando cá, com meus botões, apenas assenti e perguntei-lhe o que ele pensava sobre a vida; sobre tudo. “A vida seria incerta... improvável”... Se? Quis eu saber. “Se houvesse um cruzador louco, fundeado na baía em frente da cidade”.
E eu, um desavisado, pensei que Carlinhos respondia a minha pergunta sobre onde ele gostava de ficar. Foi então que entendi um pouco mais sobre a vida dos poetas. Eles não pedem e nem precisam ser entendidos ou explicados. Carlinhos apenas faz o que nasceu para fazer: ficar vivo entre nós, assim como todos os poetas mortos, que até uma sociedade têm.
Não importa se Carlinhos senta de costa para o mar; se ignora minhas ignorâncias; se suporta pacientemente seus algozes; se contempla a indiferente dos fatigados beberrões. Importa é que Carlinhos vive. Importa é seu privilégio do mar. Importa suas provocações aos Josés e Marias. Importa é que Carlinhos é brasileiros. E ainda que seus vândalos custem mais de cem mil em manutenção de seus quadrados óculos, Carlinhos não desiste nunca. Continua firme como eu. Até quando? Isso não importa, pois existe um vândalo muito pior a caminho e que, ao encontrar uma pobre alma, com sua foice em riste, pergunta: E agora, José? Quem o livrará da ira futura?
A botija de ouro
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Imagem: historiasdealpendre.openbrasil.org |
Nos meus bons tempos de juventude em Dourados, se ouvia, constantemente, as hist6rias a respeito de Botijas de Ouro, que volta e meia alguém encontrava, tornando-se rico da noite para o dia. Contavam-se mesmo, histórias detalhadas, de pessoas muito conhecidas na comunidade, que estavam bem de vida, e que haviam encontrado uma botija.
Segundo diziam, na época da Guerra do Paraguay, as pessoas guardavam seus tesouros em ouro, enterradas sob coposas árvores, para protegê-los. E, com a morte de seus proprietários, tais botijas, um pote de barro, cheio de ouro, lá ficavam para sempre, até que alguém o encontrasse.
Um velho índio, sempre aparecia lá por minha casa, e eu lhe oferecia sempre, um prato de comida, e por isto ele foi firmando solida amizade comigo. Certo dia, ele me disse que tinha uma botija cheia de ouro e que me daria, desde que eu fosse arrancá-la a meia noite. Disse-me que alguém da Guerra do Paraguay havia lhe dado. Ele me daria a botija, em troca de um cavalo aperado, para ele viajar para baixo da serra de Maracaju, onde tinha um filho.
Contei a história a meu Pai, que foi contrário a minha ida de arrancar botija, alegando que poderia ter perigo nisto. E disse-me meu Pai, que ouro, iríamos arrancar das nossas milhares covas de café, lavoura grande que, infelizmente, a geada de 1953 cuidou de dizimar e levar meu pai a bancarrota.
Certo dia. Um vizinho, o Joã0 Garcia, veio me dizer que um defunto o havia arocado, puxado-o pelo pé e falou para ele ir arrancar uma botija de ouro, mas que ele não tinha coragem de fazê-lo. Passados alguns dias, lá vinha o João Garcia de novo a dizer que o tal defunto novamente o puxara pelo pé, exigindo que ele fosse buscar a botija de ouro e lhe dando uma complicada maratona para encontrá-la. Mas, alegava ele, que lhe faltava coragem para enfrentar a empreitada.
Como eu tinha passado pela experiência do velho índio, que, tendo minha recusa, deu a botija à outra pessoa, que, realmente foi ao local, na raizada d’uma grande figueira e de lá arrancou o tesouro, eu pensei, desta vez nã0 contarei nada a meu Pai, e falei ao João Garcia, que eu iria com ele arrancar a botija.
Tinha que ser numa sexta-feira a meia noite, e o local era longe. Por isto, fomos, eu e o João Garcia, de bicicleta, de dia. Fazer uma exploração prévia do local onde estaria o tesouro do tal defunto. Era na velha Estrada de Itahum. Tínhamos que encontrar um velho cemitério no Campo, e lá encontrar uma sepultura com uma cruz de ferro, onde estaria enterrado o tal defunto e quando fossemos arrancar a botija, teríamos que passar por lá, dar tr6s tapas nesta cruz e depois ir arrancar a botija, ao pé de um enorme Angico.
Na sexta-feira à tardinha, montamos em nossas bicicletas, eu e o João Garcia, com as ferramentas e uma garrafa de Chica-boa na garupeira, e lá fomos nós arrancar a tal botija, passamos altas horas da noite no cemitério, e como haviam lá, três sepulturas com cruzes de ferro, demos, em todas elas, três tapas, e seguimos para o Angico, onde realizamos a cavação, até quase derrubar a arvore e sem encontrar a tal botija. Só encontramos formigueiro.
O tal defunto prevenira ao João Garcia, em suas aparições, que, durante a escavação, ele iria aparecer lá, montado num bode preto e subiria e desceria da arvore, mas que não era para se importar com ele. Assim, quando ouvíamos alguma vaca berrar lá naquele campo, nós já falávamos: Lá vem o bicho. Mas ele não apareceu por lá.
O dia estava clareando e nós já estávamos cansados de tanto cavar, quase derrubamos o Angico, e nada encontramos. Desanimados, decidimos ir embora, sem levar ouro algum...
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