segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Academia Douradense de Letras*


A Academia Douradense de Letras (ADL) alçou vôo em sala de aula, quando a professora Iracema Pereira Tibúrcio, e, futura acadêmica ensinava Literatura. Ela discorria sobre a importância de Agremiações e Academias de Letras e etc., na Escola Estadual Floriano Viegas Machado, nessa cidade.
Seus ensinamentos encontraram eco entre os seus alunos, na pessoa do estudante Nicanor Coelho, que na época era um jovem sonhador. Ele foi um dos mentores do tema: Fundação da Academia. O “Nica”, como é conhecido no meio acadêmico foi em busca de outros escritores para se juntar a ele. Dentre os quais, encontra apoio na pessoa, e, autora desta obra.
Com o encontro e a união das mentes afins, se dá a expressão do que seria a fundação da Academia Douradense de Letras em 15 de setembro de 1991. Nicanor Coelho foi o primeiro presidente da ADL, ele que foi alcunhado de: O Idealizador.
A Academia Douradense de Letras é uma entidade civil, sem fins lucrativos, e sem caráter político partidário, com seu estatuto registrado no Livro de Registro de Pessoas Jurídicas na APJ-6 sob o nº de ordem 1918, em 24 de agosto de 1992. Entidade inscrita no Ministério da Fazenda com o CGC nº 37.212.669/0001-57, com a finalidade literária, fomento de ações de defesa da língua portuguesa, de preservação das culturas existentes; incentivo a Arte pela Arte.
Seus membros se reúnem aos segundos domingos de cada mês, às 16h, em sua sede na Casa Arandu, que na linguagem indígena significa “Sabedoria”, e o espaço está situado à Rua João Cândido da Câmara s/n, no Parque dos Ipês.
O nome da Casa Arandu, foi pesquisado pela escritora e poetisa Heleninha a pedido da presidente da ADL: Drª Odila Schwingel Lange, que havia recebido da (vice-prefeita): Drª Lori Alice Gressler, a solicitação de um nome para a “Casa” que abrigaria a “confraria acadêmica”. E assim foi feito, Heleninha escolhe o nome “Sabedoria”, que na língua “Tupi Guarani” é “ARANDU”, e teve a ajuda do acadêmico Brígido Ibanhes na tradução da palavra, visto que não era aconselhável homenagear um “morto”, onde haveria apenas vida literária, local que seria disseminada as belas-letras.**
A ADL foi declarada de “Utilidade Pública” através da Lei n.º 1863 de 06 de agosto de 1993. O quadro da Academia Douradense de Letras é composto por quarenta cadeiras que serão preenchidas por membros eleitos, porém, desde sua fundação foram investidos, 15 (quinze) membros fundadores.
Na data de 27 (vinte e sete) de março de 1993 (mil novecentos e noventa e três), empossados, pelo convidado de honra o escritor Dr. Elpídio Reis, Presidente da Academia Sul-mato-grossense de Letras.
Dentre os escritores destacamos o nome da poetisa Maria Alice da Silva Ribeiro, nome artístico: Alice Ribeiro, que participou de todas as reuniões, inclusive na reunião da fundação, e o número da sua cadeira seria o número 01 (um), já que os números foram distribuídos conforme a ordem alfabética. Alice, porém, transferiu residência para os Estados Unidos, e nunca tomou posse na ADL, motivo porque a cadeira número 01 (um) ficou vaga, e só foi ocupada em 2002.

CONSIDERAÇÕES:

Sobre as ferramentas usadas para criação do símbolo acadêmico da ADL: pirâmide, pergaminho, pena, erva-mate, trigo, louro e círculo.
A pirâmide, cuja base côncava representa a duna do deserto, ou seja, a aridez do conhecimento humano tão centrado nas mentes de poucos privilegiados. Apesar de a pirâmide estar aparentemente solta, nas dimensões de tempo e espaço, ela tem suas bases laterais profundamente alicerçadas, chegando até nós e se projetando para o futuro. “Desde a escola pitagórica, o 4 sempre esteve associado ao nosso mundo visível: norte, sul, leste, oeste. Por outro lado, na tradição iniciática o 1 é a representação do Uno, o Início único de tudo, Deus. Portanto, a pirâmide, com sua base de 4 pontos e topo de 1 ponto, representa um canal de comunicação entre o mundo manifesto e Deus”.
O Pergaminho e a Pena, significam a evolução da escrita, as ”belas letras”, as belas-artes.
A Erva-mate, a região de Mato Grosso do Sul foi agraciada com a maior plantação de erva-mate nativa, produto amplamente utilizado pelas comunidades indígenas, tendo assim, constituído a primeira economia extrativista da região de Dourados.
Com a colonização, chegou a cultura do trigo.
O Trigo, ele representa o alimento material e também o espiritual.
O Louro, a glória de tantas lutas e sofrimentos dos povos que se encontram representados nesta região, sejam eles nativos ou colonizadores, e também uma homenagem aos povos que nos legaram a arte literária, na “Terra de Antônio João”. 
O Círculo, símbolo do cosmos em sua unidade e totalidade. O micro e o macrocosmo; premissa que contém todos os símbolos da logomarca.
Estrelas, na Bandeira e no Selo, representam as 40 (quarenta) cadeiras da Academia, sendo destaque para as seis sob a pirâmide, homenagem a diretoria.

* Texto Oficial sobre a explanação dos símbolos acadêmicos, sempre que transcrito, deverá ser citada à fonte de pesquisa, dando crédito ao idealizador da idéia e outras obras subseqüentes.

** Na Antiguidade, os gregos e romanos classificavam como arte a pintura, a escultura, a oratória, o teatro, a poesia, a música e a dança. Mas foi no século XVIII que as manifestações criativas foram estudadas e classificadas em dois grupos: as belas artes e as belas letras. As belas artes eram seis: arquitetura, escultura, pintura, gravura, música e coreografia. Das belas letras faziam parte a gramática, a eloquência, a poesia e a literatura. Quando o cinema surgiu, em 1895, inventado pelos irmãos Lumière, foi classificado como arte e ganhou o rótulo de “sétima arte”.

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Estatuto

Estatudo da ADL em formato PDF. Clique aqui para visualizá-lo.