Maria A. Pontes
O céu deixou o sol desaparecer
Na virada do jogo dos planetas,
Ele se foi calado, para
Poder iluminar outros lugares,
Onde provavelmente você deve estar!
Aceno parada em meio as confusões
Da minha mente,
Tantas coisas revirando em minha memória,
Lembranças esvoaçando, se espatifando
Dentro de mim, como se fosse neve,
Ou simplesmente algodão doce...
Ah tempo... Como você é impiedoso!
Eu coloquei todos os meus sonhos
Em tuas mãos, deitei-me em teu colo,
Contei minhas histórias, te confessei planos.
Eu acreditei em você, por ter ouvido,
Que; você é o melhor remédio, para curar
Todas as feridas, e, tudo o que você fez
Foi aumenta-as, tornando-as ainda maior...
Hoje já vivendo o meu entardecer,
Olho para tudo em minha volta
E tudo o que vejo é solidão, dor que não cessa,
Escuridão; mesmo com toda a luz do sol,
Das estrelas e da lua.
Eu me perdi no tempo, que; rasgou minha alma,
Apagou a luz dos meus sonhos, minhas ilusões
E por fim todas as minhas esperanças.
Todos os tempos, vivo o meu anoitecer sem você,
O tempo sem sentido, sem gosto, sem voz,
Sem o som do meu grito, chamando por você
Em cada tic tac do relógio que te marca nas escalas
Entristecidas da minha vida!
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