Juca Paulista mora em Dourados desde então, (1962). Iniciou como escritor com algumas poesias, tendo ganho um prêmio da Prefeitura de Dourados, com “Quedas” que se aludia ao fim das “Sete Quedas”, cachoeiras do Rio Paraná. Venceu concurso literário em todo Mato Grosso, com uma monografia sobre JOÃO PANDIÁ CALÓGERAS (1870-1934), até então o único civil a exercer a função de Ministro da Guerra (1919-1921), trabalho considerado como colaboração meritória na execução do serviço militar. Também levou o primeiro lugar em concurso instituído pela 11º Reg. Cav.Mec.de Ponta Porão, com a poesia épica “A Batalha de Nhandipá” assistida e descrita no livro “A Retirada de Laguna” pelo Visconde de Taunay (Alfredo Maria Adriano d´Escragnolle Taunay – 1843-1899), titular da Cadeira nº 33, onde o Juca tem assento, na Academia Douradense de Letras.
É cidadão douradense, tendo ocupado os cargos de Advogado-Geral do município de Dourados; de Procurador-Regional do Estado de Mato Grosso do Sul; e Vereador. Como Maçom foi o relator do protesto, que salvou o Pantanal da plantação de cana na Serra da Bodoquena. Recebeu Diploma de Honra ao Mérito da Fundação para Conservação da Natureza de Mato Grosso do Sul (FUCONAMS); Advogado do Ano em 1980, por ter ganho dois RE. no S.T.F. Foi laureado com a Medalha “Advogado Heitor Medeiros” e Homenageado pela Assoc. dos Advogados de MS, pelos 26 anos dedicado à advocacia. Homenageado pelo Segundo Grupamento de Bombeiros, pelo apoio irrestrito do então Procurador-Regional do Estado à corporação. É “Gaúcho Titulado pelo CTG, pela produção de uma crônica intitulada “Quero nascer gaúcho, quero...”. Múnus públicos: por 18 anos foi o Secretário-Geral da 18ª. Junta Apuradora nas eleições realizadas no período (1962/1980); Jurado junto a justiça criminal por 12 anos; curador de réus relativamente capazes junto à Polícia Federal, por dois anos. Fundador e Presidente da AABB (1975). Ajudou a fundar a Subseção da OAB local, vendendo rifa para comprar o telefone. Nunca parou de ajudar no progresso de Dourados. Escreveu e publicou três livros: 2008, 2010 e 2015 e a mais de quarenta anos escreve aos sábados, para o Jornal “O Progresso” e agora também para o Jornal Preliminar (Tião Prado) de Ponta Porã.
As primeiras publicações dos escritos foram na revista “TELA”, do Raul Guinutzman; depois no Jornal “Folha de Dourados”, do saudoso Teodorico Luiz Viegas, sempre com o cognome de JUCA PAULISTA. Como colaborador do Jornal “Folha de Dourados”, no período da Ditadura Militar, aconteceu um fato inesperado, veja como aconteceu: “Numa noite eu estava no bar do Antonio Tonnani, (onde hoje está a Loja Luiza, na Av. Marcelino Pires), quando fui convidado por ele para ir a uma reunião no Clube Social, (onde há um prédio inacabado, ao lado do Banco do Brasil, na av. Joaquim T.Alves), reunião que fora convocada pelo prefeito recém-eleito, Totó Câmara. Sentei-me ao lado do nosso Bispo D. Teodardo e a reunião começou abordando os problemas do município. Na reunião fazia-se presente o Delegado Regional de Polícia, Major-PM Saigali, que usando da palavra ressaltou a necessidade de termos em Dourados uma Penitenciária. Dom Teodardo, ao meu lado, comentou comigo que Penitenciária não boa para a cidade e citou um caso ocorrido na Alemanha, que o incomodou quando ainda jovem”.
Entendi o recado do nosso Bispo e com o pseudônimo de Juca Paulista (que sempre usara) escrevi artigo no qual registrava que Penitenciária seria boa para outros lugares, menos para Dourados. O tal Major-PM Saigali ficou doidinho, foi até o jornal “Folha de Dourados” e queria, porque queria, saber quem era o tal Juca Paulista. O saudoso Teodorico Viegas resistiu às investidas e ameaças do tal “policial” que, incontinenti prendeu o saudoso Teodorico e o levou para o Quartel de Ponta Porã, o 11o. RECMEC (Regimento de Cavalaria Mecanizado). Detido no curso da viagem pelo Exército, porque não portava nenhum documento, amarrou o saudoso Teodorico numa árvore e voltou possesso para Dourados, a fim de providenciar os documentos relacionados a prisão do jornalista e exigidos pela barreira do Exército, localizada à entrada da Fazenda Pacuri.
Vencida a barreira, levou o saudoso Teodorico até o Quartel e o entregou ao comandante, onde – seguramente – contou uma estória escabrosa. O comandante, diante da estória contada por um Major (patente que no exército qualifica o militar para compor o Estado Maior), mandou raspar-lhe a cabeça e recolhê-lo na jaula. O enorme sofrimento impingido ao jornalista, foi porque ele encobriu e não revelou em momento algum, a identidade: que José Alberto Vasconcellos era, o tal “Juca Paulista”.
Conhecido o “repulsivo trabalho do enlouquecido delegado”, membros da Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária, da qual eu era parte juntamente com o saudoso Teodorico Luiz Viegas, recorremos ao Coronel Marcondes, pai do nosso médico Eduardo Marcondes, ao qual relatamos o ocorrido. Incontinenti o Coronel que fora expedicionário da FEB na II Grande Guerra, partiu para Ponta Porã e enfrentou o comandante daquela guarnição fronteiriça, dizendo, por primeiro, que tinha farda igual àquela que o oficial comandante usava, mas que a sua estava coberta por medalhas, recebidas por méritos nos campos de batalha, ainda com a fuligem dos canhões.
O coronel comandante deu-se, então, conta da “pataquada” em que se metera, coadjuvando o tal Major-PM Saigali, seguramente um psicótico esquizofrênico, que o “sentimento de autoridade” como delegado de polícia, subiu-lhe à cabeça e o desorientou. O comandante do RECMEC mandou liberar o saudoso Teodorico, pediu escusas ao Cel. Marcondes e desejou para ambos, boa viagem de volta a Dourados. Nesse período o tal Juca Paulista manteve-se em contato permanente com os “parentes” da S::S::C::H:: e, claro, amoitado!
A Marcha da Família com Deus pela Liberdade, movimento militar contra o avanço dos comunistas foi louvável, mas no seio das Forças Armadas e de outros organismos de segurança, como na Polícia Militar, alguns lobisomens adoecidos pela ignorância, apareceram. Revestidos de “autoridades” e abusando da liberdade que desfrutavam, praticaram horrores contra membros da sociedade, que fora, recentemente, salva dos comunistas, lacaios de Stalin, o maior criminoso do século XX, que morreu impune pelas leis dos homens, mas que vai pedalar uma bicicleta pela eternidade no purgatório, por força da Lei Divina, até que Satanaz o convide, para entrar.
A liberdade da imprensa no regime democrático, é direito inviolável, porque uma vez cerceado, implica em sonegar informações à sociedade, que tem o direito de saber o que acontece, assim como a obrigação de pagar seus impostos.
Era uma vez, nos idos da década de LXIV, um cronista com o pseudônimo de Juca Paulista...
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