segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Uma incrível demonstração de poder


Churchill, em discurso do dia 20 de agosto de 1940, na Câmara dos Comuns, disse a célebre frase: “Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos”. Referia-se à coragem dos pilotos britânicos da RAF durante a famosa Batalha da Inglaterra. Nessa época, Hitler, que já tinha a Europa ocidental praticamente em suas mãos, havia mandado a força aérea alemã – Luftwaffe – destruir a força área britânica – RAF, além dos portos e das esquadras inimigas, utilizando grandes quantidades de recursos militares. No entanto, apesar da superioridade numérica alemã, os britânicos foram aos poucos conseguindo recuperar o domínio do seu espaço aéreo e isso se deveu ao uso do radar, tecnologia até então nova na aérea militar, que teve função estratégica determinante, pois possibilitava localizar os aviões de ataque alemães minutos após sua decolagem no continente. A RAF foi tão eficiente que seus aviões, pilotados por corajosos patriotas, bombardearam a inexpugnável Berlim, fato que assombrou os berlinenses, o alto comando alemão e o próprio Hitler, que mandou cerca de 1.000 aviões contra Londres, sem sucesso e o fez, depois, abortar de vez a operação Leão Marinho, plano de invasão da Grã-Bretanha pelas forças alemãs após terem derrotado a França, a Holanda e a Bélgica, que lhes permitiria a vitória na II Guerra Mundial.
Como vimos, a história da humanidade está recheada de feitos, de vitórias e de demonstrações de poder e, se fôssemos relatá-los aqui, certamente usaríamos um bom espaço.
No entanto, a “incrível demonstração de poder” que quero relatar é a de Deus, porque, conforme o Livro de Salmos, capítulo 20, versículo 7: “Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do SENHOR nosso Deus”.
Certo dia, acordei angustiado, por volta de 4:30 horas, lembrando-me de diversos problemas e da única solução que me tem acalmado durante muitos anos: colocá-los, em oração, diante de Deus. Ajoelhado no escuro da sala de minha casa, falei com o Senhor. Diferente das outras vezes, nesta eu estava impaciente. Mesmo assim, quando terminei, senti o afago de sempre do Senhor, o que me deu uma certa tranquilidade.
Comecei o meu dia e, quando o dia começou para a maioria, uma pessoa me procurou e já me sinalizou a solução de um dos problemas que eu havia colocado diante de Deus. Umas duas horas depois, um telefonema e a solução de um outro problema que eu apresentara a Deus na madrugada. Finalmente, por volta de 15 horas, um outro telefonema e o prenúncio da solução de mais um dos problemas entregues a Deus em oração.
Só então a ficha caiu. Era incrível! Embora as coisas não tenham acontecido “do nada”, o fato é que foram todas inesperadas, ou seja, a sinalização para a solução do primeiro problema veio de alguém com quem eu tinha falado, mas que eu jamais imaginava que se interessasse. A solução do segundo problema foi inusitada, porque, há mais de um ano havia resistência da outra parte e, agora, quando eu achava que a mesma proposta de antes não seria aceita, ela se materializou. Finalmente, o prenúncio da solução do terceiro problema também me impactou pela forma: a outra parte, que nunca antes tinha me dado um retorno, me telefonou com boas notícias.
Exultei de felicidade diante de Deus. Claro que eu lhe colocara seis problemas e, se quisesse, colocaria outros tantos. No entanto, como eu estava impaciente, ele me lembrou que “Grande é o nosso Senhor, e de grande poder; o seu entendimento é infinito” (Salmos, 147:5), o que me faz responder SIM à pergunta do salmista: “Quem pode contar as obras poderosas do SENHOR? Quem anunciará os seus louvores”? (Salmos, 106:2), pois “O SENHOR é a minha força e o meu escudo; nele confiou o meu coração, e fui socorrido; assim o meu coração salta de prazer, e com o meu canto o louvarei” (Salmos, 28:7).
Creia! Deus, num “piscar de olhos” muda toda a sua história. Como mudou a minha um dia e em tantas ocasiões.
Talvez, na minha impaciência da madrugada, eu tenha negligenciado que “O SENHOR é o meu rochedo, e o meu lugar forte, e o meu libertador; o meu Deus, a minha fortaleza, em quem confio; o meu escudo, a força da minha salvação, e o meu alto refúgio” (Salmos, 18:2). Talvez eu tenha me esquecido como Deus agiu em tantos outros momentos de minha vida, mostrando sua graça e a beleza de seu poder.
Mas Ele, com sua paciência, me lembrou, mostrando o quanto Ele pode. Só que Ele pode quando Ele quer e como Ele quer. É Ele quem decide, não nós. Por isso, não temos o direito de ser impacientes. “Se quiser contender com ele, nem a uma de mil coisas lhe poderá responder. Ele é sábio de coração, e forte em poder; quem se endureceu contra ele, e teve paz? Ele é o que remove os montes, sem que o saibam, e o que os transtorna no seu furor. O que sacode a terra do seu lugar, e as suas colunas estremecem.
O que fala ao sol, e ele não nasce, e sela as estrelas. O que sozinho estende os céus, e anda sobre os altos do mar. O que fez a Ursa, o Órion, e o Sete-estrelo, e as recâmaras do sul. O que faz coisas grandes e inescrutáveis; e maravilhas sem número” (Jó 9:3-10).

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